quarta-feira, 23 de abril de 2014

Conflito com Portuguesa pode deixar até 19 jogos da Série B sem televisão

A Portuguesa conta em seu departamento financeiro com dois recibos encaminhados pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol): ambos no valor de R$ 270 mil, referentes aos meses de fevereiro e março das cotas de transmissão da Série B, cada um. Até aqui, o clube se nega a assiná-los e pode fazer com que o seu primeiro compromisso em casa contra o Santa Cruz, neste sábado, às 16h20 (de Brasília), e outros quatro jogos fiquem fora da TV.
De acordo com a tabela detalhada da competição até a pausa para a Copa anunciada no último mês, o confronto com o tricolor pernambucano seria mostrado na Rede Globo e no pay per view.
Essa pode ser a primeira vez na história que uma competição organizada pela CBF não conta com a assinatura de todos os times para o seu televisionamento.
Caso a situação não seja revertida, a segunda divisão do Brasileiro corre o risco de 19 de suas partidas ficarem sem transmissão nesta temporada, todas as que estiverem sob mando do clube.
Em contato com a reportagem em março, o presidente da Lusa, Ilídio Lico, já se mostrava reticente a firmar contrato com a Globo, detentora dos direitos, e tentava manter a cota de R$ 18 milhões recebida durante a temporada anterior. Segundo ele, nada mudou desde então.
"Por enquanto, não assinamos nada. Não chegou nem mesmo o contrato. Apenas alguns recibos para a gente receber, porém, preferimos não rubricá-los", afirma o mandatário ao ESPN.com.br, desprezando a cota de R$ 3 milhões oferecida pela emissora carioca - R$ 2,7 milhões com desconto dos impostos. Ele vinha tentando se reunir com o executivo Marcelo Campos Pinto, mas sem sucesso.
Ao invés de oito, a CBF divide nesta temporada o pagamento das cotas em dez parcelas de R$ 270 mil, entre fevereiro e novembro. A primeira delas foi repassada aos clubes no segundo mês do ano.
Nos corredores do Canindé, existe a preocupação de que, em caso de acordo, seja transmitida a impressão de que o clube desistiu da briga pela permanência na primeira divisão.
"O que acontece é o seguinte: não discutimos isso no momento. Se viermos a assinar, entenderão que abrimos mão da Série A, mas é importante ressaltar que seguiremos lutando. Mesmo em caso de vitória posterior na Justiça, podemos ter os valores compensados mais adiante. Não é uma questão de vida ou morte", explica o vice-presidente jurídico José Luiz Ferreira de Almeida,
Ele não descarta um acerto antes do duelo com o Santa Cruz
Existe a expectativa da realização de uma reunião na sede da CBF em maio, no Rio de Janeiro, para tratar de um possível aumento nas cotas atualmente distribuídas e que não tiveram um aumento em relação a 2013. O encontro foi buscado com o novo presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.

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