domingo, 13 de abril de 2014

Incrível! Fla empata aos 45 minutos, supera o Vasco e é campeão carioca

O capitão flamenguista Léo Moura levantou a taça de campeão carioca de 2014
Há finas que parecem não ter fim. E neste domingo uma de quase 25 anos esteve perto de de ser encerrada. Mas parece haver uma regra, quase lei, no Maracanã: decisão entre Flamengo e Vasco, o título é rubro-negro. Márcio Araújo, com um gol aos 45 minutos do segundo tempo, empatou em 1 a 1 a partida e deu a taça ao Flamengo. O Vasco, até então, vencia com um gol de Douglas. Mas o destino, mais uma vez, sorriu para o Flamengo. Gol rubro-negro. 33º título. 
O capitão flamenguista Léo Moura levantou a taça de campeão carioca de 2014
por dois empates por ter feito a melhor campanha da primeira fase do Carioca, o Flamengo comemorou o título após dois empates por 1 a 1. No duelo decisivo, o gol da explosão de alegria veio no finalzinho e, apesar de Márcio Araújo estar em posição de impedimento, a festa foi rubro-negra em um Maracanã com 49.139 torcedores presentes (42.697 pagantes).
O título do Fla, o primeiro Carioca no novo Maracanã, ainda mantém um tabu de 26 anos. Desde 1988 o Vasco não vence o rival rubro-negro em uma decisão estadual.
O jogo
Maracanã cheio, gritos da torcida, disputa pela taça. Clima de final. Mas o Flamengo, dono da vantagem do empate, entrou em campo recatado. Em ritmo lento, parecendo querer apenas administrar o resultado. E chamou o Vasco.
Adilson Batista, inteligente, observou que fechar as laterais rubro-negras é quase meio caminho para bater o rival. Assim o fez. Adianou Fellipe Bastos no meio e o fez pressionar Léo Moura. Na outra ponta, William Barbio caía nas costas de André Santos.
A opção do time de Jayme de Almeida era sair para o jogo com Amaral e Márcio Araújo num primeiro momento, com Luiz Antonio pela direita. Everton e Paulinho aprontavam o corre-corre. E, com isso, o Vasco dominava as ações, rondava a área.
Aos 11 minutos, Barbio sofreu falta de André Santos no bico da grande área. Na cobrança de Douglas, André Rocha desviou de cabeça e a bola passou próxima à trave direita de Felipe. A torcida vascaína se inflamou, cantava para ajudar o time.
O Flamengo, preso, parecia contar com a força da arquibancada ou com uma desatenção vascaína. Aos 28 minutos, Márcio Araújo achou Paulinho pelo meio, ele avançou, mas chutou fraco, à direita de Martín Silva. Quatro minutos depois, de novo Paulinho pelo meio e Martín Silva desta vez espalmou, mas sem perigo. Eram poucas emoções para uma final, embora o jogo fosse disputado.
Havia nas costas de vascaínos o peso de 25 anos sem vitórias em final sobre o maior rival. Havia sobre os rubro-negros o peso de mais uma eliminação na Libertadores, três dias antes. O jogo, talvez por isso, fosse truncado. Um Flamengo fechado à espera para contra-golepar um Vasco sedento pela taça. Aos 47 minutos, Pedro Ken recebeu pela direita, chutou forte e Felipe espalmou. O suspense continuaria com o fim da primeira etapa.
Na volta para a segunda etapa, as escalações eram as mesmas. Mas o Vasco precisava ser mais ofensivo. A taça dependia de uma postura mais agressiva. Então Adilson liberou o time. Com sete minutos, Douglas, Fellipe Bastos e Diego Renan tentaram os arremates. Mas a bola esbarrou em Chicão, Leó Moura e, por último, em felipe. O clima fervia na arquibancada.
Com o jogo aberto, o Flamengo também mandou à tática às favas e bateu no peito para ir ao ataque. Mais no gogó da torcida do que com qualquer organização. Aos 11 minutos, Paulinho tocou de calcanhar e deixou André Santos livre na área, mas o lateral bateu mal, cruzado, e a bola foi para a linha de fundo. O clima quente na arquibancada atingiu os jogadores em campo.
Em lance de escanteio na área vascaína, Chicão e André Rocha se provocaram, encostaram as cabeças. Marcelo de Lima Henrique não permitiu maiores arroubos: vermelho para os dois. Jogo mais aberto, clássico mais quente. E o Flamengo, ainda assim, continuava abslutamente retraído.
Jayme, em parte, abriu mão do contra-ataque ao tirar Everton para a entrada de Erazo e, assim, recompor a defesa. Ao rubro-negro na arquibancada cabia um pedido aos céus. Pois o Vasco era só pressão, dominava o jogo e tinha chances claras. Aos 19 minutos, Reginaldo cruzou e Thalles foi travado na hora da fianlização. No lance seguinte, Diego Renan bateu cruzado e tirou tinta da trave de Felipe.
Mas a sina, um dia, tem de acabar. O sofrimento acumulado de nos tem data para terminar. Aos 29 minutos, Thalles, garoto que nem era nascido em 1988, lançou Pedro Ken pelo lado direito da grande área. Erazo deu carrinho fatal. Pênalti claríssimo. Douglas, o camisa 10, de quem fora tirado o gol de falta no primeiro turno por culpa de Castanheira, cobrou com tranquilidade. Bola de um lado, Felipe do outro. E parecia fazer explodir mais de duas décadas Maracanã abaixo. Vasco 1 a 0.
A partir não importava mais tática, mais técnica. Era alma, o brio em campo. Na fé da arquibancada, na mística do Maracanã, a torcida o Flamengo mantinha a fé que diz que há uma regra nos últimos 25 anos: em decisão entre Flamengo e Vasco, o céu olha pelos rubro-negros. Aos 45 minutos do segundo tempo, a última esperança. Escanteio rubro-negro, bola na área. Wallace cabeceia na trave. No rebote, Márcio Araújo chegou junto com Nixon e tocou para o fundo da rede e fez o grito de campeão inverter de lado. Flamengo, de novo, campeão carioca. O futebol é implacável.


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