quinta-feira, 19 de novembro de 2015

JUSTIÇA CUMPRE MANDADOS DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE NO RESIDENCIAL MONSENHOR BERNARDINO EM PETROLINA, PE

Na manhã desta quinta-feira (19), foram cumpridos mandados de reintegração de posse de 56 unidades do Residencial Monsenhor Bernardino, do Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida, que fica às margens da BR-428 em Petrolina, no Sertão pernambucano. A ação surpreendeu os moradores do local logo nas primeiras horas do dia.

A desocupação foi pacífica e teve o apoio da Polícia Militar, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal. A Caixa Econômica Federal (CEF) enviou caminhões para que fossem transportados os móveis dos moradores.

A dona de casa, Ivoneide Maria de Souza, mora com o esposo e os dois filhos. Ela é uma dos moradores despejadas nesta manhã. “No momento eu não sei para onde ir. Eu não posso trabalhar pois estou doente e tenho praticamente um lado do corpo paralisado”, contou a moradora.

Ela disse ainda que já tentou se inscrever em programas sociais para o sorteio das casas, mas pedem para ela aguardar e ainda não teve retorno por parte da Prefeitura. “Vai fazer seis anos que tento me inscrever no programa para receber as casas. Eu vou na Secretaria eles dizem que é para eu aguardar em casa e até hoje nunca me ligaram. Hoje vieram para me botar para fora, não sei porque. Estou no meio da rua com duas filhas. No momento não tenho como pagar aluguel”, ressaltou a dona de casa.

As famílias retiradas serão levadas para o Ginásio de Esportes Osvaldo do Flamengo e deverão receber assistência por parte da Prefeitura de Petrolina. Os funcionários da Caixa Econômica Federal que estavam presentes não quiseram se pronunciar. Em nota, A Caixa "ressalta que, após a retomada dos imóveis, as unidades serão vistoriadas e direcionadas às famílias devidamente selecionadas pela poder público, de acordo com as regras do programa."

Ao todo, mais de 180 unidades do Residencial tinham sido invadidas por famílias. O pedido de reintegração de posse tinha sido feito pela CEF à justiça em março. Em julho, os moradores tiveram a água e a energia cortadas, mas permaneceram nas moradias após ligações clandestinas.

Por Zé Carlos Borges, com informações do G1

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