domingo, 1 de maio de 2016

: Especialista despeja críticas a falta de respostas para Caso Beatriz

especialista em Direitos Infanto-Juvenis, José Elias Gomes Batista Filho, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), perdeu a paciência com os rumos que o Caso Beatriz está tomando, quase cinco meses após o brutal crime que abalou a região, sem que nenhuma resposta de concreto tenha sido apresentada à sociedade. Ele não poupa críticas à Polícia Civil de Pernambuco, Ministério Público e nem mesmo ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, onde a pequena Beatriz Angélica Mota, de apenas sete anos, foi assassinada com 42 facadas.
Confiram:
As peças do xadrez riscadas pelo descaso, incapacidade e desserviços a sociedade
Mais de quatro meses se passaram e estamos mais uma vez tentando imaginar aquele trágico dia festivo no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
O que de fato aconteceu? Quem cometeu o crime? Como foi o modo e sua operação? Quantos autores participaram?
São tantas perguntas e nenhuma resposta concreta, uma luz, um sentido e afinal um caminho para descobrirmos o (s) sanguinário (s) que tiraram a vida da pequena Beatriz.
Estranhamente a escola finge em dizer que está fazendo tudo para elucidar o caso, mas em seu passado recente permitiu a entrada de estranhos em seu recinto, onde deveria haver apenas alunos e seus familiares para aquele momento festivo.
Pois é! sua colaboração é ínfima, tamanho o descaso que fez, não apenas com a garota Beatriz e sua família, mas como demonstrou sua incapacidade de realizar eventos em seu estabelecimento, como a falta de um plano de segurança aos alunos e familiares, motivando ao risco de todos que estavam presenciando a triste formatura.
Poderia ser qualquer um, repito, poderia ser qualquer um. Meu filho, sua filha, sua sobrinha e porque não sua neta. Todos naquele dia estavam expostos. No entanto, por descaso da escola, a pessoa escolhida foi Beatriz. Não vou dizer aqui que foi o destino que quis assim, pois estaria sabotando a memória de Beatriz, mas porque a escola não foi capaz de protegê-la, não teve sequer um segurança ou representante legal que interviesse na ação criminosa do (s) executor(s).
Depois do ocorrido, operaram unicamente para avisar aos pais e seus familiares de que nada poderia ser feito. Deus! Depois da morte da menina apareceram seguranças e outros responsáveis pela escola. Isso é uma barbaridade psicológica para os pais e um ataque a todos que estavam no momento da formatura.
Escola Maria Auxiliadora, sua omissão valeu a perda de uma vida e expôs várias crianças em situação de risco. Sua ganância em poupar com segurança como câmeras e sensores hoje contribui para unicamente atrapalhar a elucidação deste lastimável crime que retirou de nós uma menina de apenas 7 anos.
Eu repudio vocês, administradores, dessa escola que deveria ser banida de Petrolina, demolida e esquecida pela sociedade petrolinense.
Que um dia os muros caiam! São minhas orações. Que essa escola se acabe, assim como foi ferida no peito com facadas a menor Beatriz, onde retiraram dos seus olhos o brilho da vida da nossa menina.
Que este colégio em sua história fique lembrada apenas por este crime, pois vocês foram os executores indiretos que ceifaram a vida da pequena e sonhadora Beatriz.
Um dia, senhores administradores, vocês irão saldar a morte dessa criança, seja aqui em nosso plano terreno ou na justiça divina, pois sua avareza oportunizou ao(s) assassino(s) que cravassem diversas facadas em uma garota de tenra idade.  
Aos meus olhos, os segundos executores indiretos são a pífia Polícia Civil de Pernambuco e o Ministério Público deste mesmo Estado, que não apenas por falta disso e daquilo (aparato policial e criminal) vem deixando o(s) monstro(s) livre (s) para assassinar a sociedade, podendo vir a acontecer outros casos parecidos, onde nossas crianças estão desprotegidas e desprovidas de segurança.
Nesse caso, onde se falta na fala de aparato policial, é um problema sério, mas que tem que ser encarado e enfrentado pela Polícia e o Ministério Público, pois existem sempre opções para se resolver equações por mais difíceis que sejam.
Não vamos culpar apenas a falta de estrutura, mas que sejam providenciados meios alternativos para efetuar o trabalho com eficiência e seriedade.
Sendo bem sincero e sarcástico, a foto exposta pela Polícia Civil é tão comum em nosso Brasil miscigenado que em qualquer esquina podemos confundir um cidadão batalhador com o bandido. Quando eu observei com toda minha ansiedade, pensei que fosse piada de mau gosto com algum colega de trabalho da Polícia Pernambucana. Ridículo!!!
Outrossim, não vou citar nome, mas um renomado investigador quis ajudar na elucidação do caso, o que poderia trazer outras vertentes e olhares para um plano, visto que a Polícia se demonstra perdida e sem uma superfície ou esquema para caminharmos para finalização do caso.
Vergonhosa e extremamente egoísta a atitude tomada pela cúpula da Polícia Civil, o que demonstra sua incompetência e falta de humildade para aceitar que não tem outros meios e recursos de se chegar ao(s) executor(s) do crime, mas reproduzo, a culpa não é apenas falta de aparato material policial, mas por incompetência mesmo!
Por fim, aonde está o Ministério Público? Só pode estar descalço e esperando a próxima vítima.
Aliás, tanto faz como tanto fez, por falta de prova e autoria do crime, como ele é o autor da Ação Penal, pode pedir o arquivamento, que nada mudará na vida desses defensores da Lei.
Sempre respeitei muito a instituição Ministério Público, mas esse caso em particular me tira a paciência que restou.
Falta cobrança, falta perfeição para agir como defensor da Lei; não digo falta de vontade, mas querer é poder e isso o Ministério Público tem esse poder, de poder agir mais eficazmente, pois sobra a nós esperarmos que os representantes do Ministério Público façam cumprir as leis e tantas forem as diligências necessárias para colocarmos a(s) pessoa(s) que ceifou a vida da menor Beatriz.
Hoje sinceramente, senão houver uma ação enérgica e motivada em fazer e aceitar a contribuição de outros interessados que possam contribuir com o caso, jamais chegaremos ao(s) autor(es) desse brutal assassinato, que não apenas retirou o sorriso dos pais e familiares desse pequeno anjo, mas entristeceu todos da sociedade nestas duas cidades irmãs.
Com isso fica uma pergunta fúnebre, se fosse a sua filha ou seu filho, o que você faria?
Esperamos dias melhores, que Deus ilumine os pais e demais familiares da pequena Beatriz, que possam ser consolados e que fiquem na certeza de que estamos juntos e iremos sofrer e não esquecer jamais a pequena, mas linda história que essa garotinha nos deixou.
José Elias Gomes Batista Filho/Especialista em Direitos Infanto-Juvenis no Ambiente Escolar pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

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