quarta-feira, 20 de julho de 2022

Transparência Internacional desmente Bolsonaro e alerta para ‘deterioração democrática’ no País

 


Transparência Internacional endereçou a embaixadores, nesta terça-feira, 19, um documento desmentindo afirmações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. A organização afirma que o chefe do Executivo “insiste em mentiras” e alerta a comunidade internacional sobre um “iminente risco de ruptura eleitoral” no País.

O documento, elaborado em parceria com a agência de checagem de fatos Lupa, desmente declarações do presidente sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e supostas conclusões de inquéritos da Polícia Federal sobre o sistema eletrônico de votação. Como também mostrou o Estadão Verifica, as dúvidas lançadas por Bolsonaro sobre a segurança das urnas já foram esclarecidas pela Justiça Eleitoral ou têm como base informações inconsistentes.


A Transparência Internacional fez um apelo para que a ação do presidente seja interpretada como grave, não como uma “sandice”. A organização apontou uma suposta “deterioração do estado democrático brasileiro” e afirmou que o evento de Bolsonaro com embaixadores dissipa “qualquer dúvida sobre o grave processo de desestabilização em curso” no País.

“Minimizar a conduta do presidente como bravata irresponsável ou sandice é imprudente. A comunidade internacional deve ter consciência da degradação democrática, iminente risco de ruptura eleitoral e conflagração violenta no Brasil, com graves consequências à estabilidade internacional”, diz o documento.

Diretor da Caixa Econômica Federal é encontrado morto na sede do banco em Brasília

 


O diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa Econômica Federal, Sérgio Ricardo Faustino Batista, foi encontrado morto na sede do banco, em Brasília, segundo a instituição.

Segundo a Polícia Civil do DF, o caso foi registrado inicialmente como suicídio.

Batista era funcionário de carreira da Caixa – entrou para o banco em 1989 e assumiu a diretoria de controles internos por processo seletivo em março de 2022.

Antes de se tornar diretor, Batista foi um dos assessores estratégicos do ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que caiu após ser alvo de denúncias de assédio sexual – Guimarães nega as acusações.

Gasolina fica R$ 0,20 mais barata a partir de hoje nas refinarias

 


A redução de R$ 0,20 no preço médio de venda de gasolina na refinaria para as distribuidoras começa a vigorar a partir desta quarta-feira (20). O valor do litro passa de R$ 4,06 para R$ 3,86, uma queda de 4,9%. É a primeira redução feita pela Petrobras desde dezembro do ano passado e retoma o patamar médio de preços das refinarias que era praticado entre maio e junho.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.

Para o consumidor, a queda no preço não é imediata nos postos de combustíveis. Na última semana, o valor médio cobrado pelo litro da gasolina era de R$ 6,07, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o que corresponde a uma queda de R$ 1,32 (-17,9%) no intervalo de um mês.

Cresce 655% o número de famílias ameaçadas de perder a moradia no país desde início da pandemia

 


Desde o início da pandemia, o número de famílias ameaçadas de perder a moradia cresceu 655%, de acordo com levantamento feito pela Campanha Despejo Zero, uma articulação nacional que engloba mais de 175 organizações, movimentos sociais e coletivos. Entre março e agosto de 2020, eram 18.840 famílias; agora, são 142.385.

Segundo a pesquisa, também aumentou 393% o número de famílias que foram efetivamente despejadas. No começo da pandemia, foram 6.373 famílias e, até maio deste ano, o número saltou para 31.421.

De acordo com o levantamento realizado de março de 2020 a maio de 2022, quase 21 mil idosos foram despejados de casa. O número de crianças removidas chega a 21.492. Os dois grupos representam 33% das pessoas que sofreram com o despejo ou são ameaçadas no Brasil.

“O despejo é devastador para crianças e idosos. A moradia é a porta de entrada para uma série de direitos básicos. Sem teto e sem comprovante de residência, as crianças não conseguem acesso à escola e aos serviços de saúde e lazer, enquanto os idosos sofrem por questões identitárias e pelos laços afetivos criados com o território”, afirma Raquel Ludermir, coordenadora de Incidência Política da Habitat Brasil e integrante da Campanha Despejo Zero.