quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Veículos do Conselho Tutelar de Petrolina estão parados por falta de combustível

A crise que atinge a saúde em Petrolina está se espalhando por outros setores da prefeitura. Prova disso é a situação do único Conselho Tutelar da cidade. Inacreditavelmente não há gasolina para os veículos da entidade. E os problemas, que se agravaram depois das eleições, não param por aí.
Após receber várias denúncias, a reportagem do Blog foi até o Conselho averiguar se as mesmas procediam. Os conselheiros que estavam presentes, Talita Andrade, Ricardo Damaso e Aldamir Mendes, confirmaram que estão impossibilitados de fazer diligências por causa da falta de combustível para os veículos. Um dos carros está na Central de Transportes da prefeitura, na Avenida da Integração, e outro está estacionado na frente do Conselho Tutelar, no Centro da cidade. “O carro não tem gasolina nem para sair daqui da frente. Ele dorme aqui, fica exposto, ainda mais agora que não temos guarda municipal no período da noite”, lamentou Talita.
Por conta do problema, os conselheiros informaram não ter condições de investigar as denúncias que chegam à entidade. “O Conselho recebe de oito a dez denúncias por dia. Situações delicadas, envolvendo crianças e adolescentes, que precisam ser apuradas e resolvidas urgentemente, mas sem carro não há trabalho. Nós já chegamos a utilizar o nosso próprio veículo”, destaca Talita.
O sucateamento dos veículos, que foram doados pelo Ministério do Trabalho, também prejudica a rotina do Conselho. Não há manutenção e os veículos sequer são limpos. “Os carros são relativamente novos, mas quebram constantemente porque não há manutenção. O veículo que está na Central de Transportes, por exemplo, apresenta vários problemas. Uma semana está bom, na outra quebra e para de circular”, explica a conselheira.
Sem carro, sem guarda, sem plantão
Sem carro, os plantões do Conselho Tutelar também estão interrompidos. Para completar a situação, o quadro de guardas municipais foi reduzido e não há mais vigilância no turno da noite. Antes das eleições, um guarda fazia a segurança do prédio e atendia as ocorrências que chegavam por telefone ou através da polícia, até a chegada dos conselheiros. “Sem guarda à noite, o patrimônio fica desprotegido. Antes, ele encaminhava as denúncias para o plantonista, o que agilizava nosso trabalho. Hoje, quem ligar ou vir ao Conselho à noite não será atendido, as portas estarão fechadas”, informa o conselheiro Ricardo Damaso.
E engana-se quem pensa que os problemas se resumem à falta de gasolina e de guardas municipais. Nossa reportagem pôde conferir que não há material para o trabalho de rotina, a exemplo de um simples cartucho. Também não existe uma equipe psicossocial para atender crianças e adolescentes.
Segundo os conselheiros, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest) já tem conhecimento, mas não dá retorno sobre os transtornos. O Blog entrará em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura na tentativa de obter uma resposta para os problemas.

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