A polícia prendeu na tarde desta quarta-feira (9) o dono do restaurante que confessou ter matado o estudante Mário dos Santos Sampaio, de 22 anos, na noite de Ano-Novo, no Guarujá, litoral de São Paulo. José Adão Pereira dos Passos, de 55 anos, havia se apresentado à polícia no dia 2 de janeiro, mas não ficou detido porque não houve flagrante.
Durante o inquérito, o delegado Luiz Ricardo Lara Dias pediu à Justiça a prisão temporária, por 30 dias, do proprietário. Uma testemunha teria desmentido a versão contada por ele.
José Adão e o filho dele, Diego Passos, que é gerente do restaurante, fugiram logo após o assassinato. Ao se entregar, eles disseram que o cliente começou uma briga por uma diferença de R$ 7 na conta. O pai ainda acrescentou que não tinha a intenção de matar.
A polícia quer saber o que aconteceu com o equipamento que grava as imagens do circuito interno de segurança do restaurante. O dono da empresa que cuida do serviço garantiu que tudo estava funcionando perfeitamente. A defesa de José Adão disse que o computador pode ter sido roubado. Para o delegado que investiga o caso, a versão contada gerou dúvidas. Nenhum boletim de ocorrência foi registrado sobre o suposto furto.
— Não existem sinais de arrombamento, circunstâncias essas que, sob o aspecto subjetivo, comprometem de certa forma as versões apresentadas pelo filho e pelo pai.
No domingo (6), amigos e familiares de Mário fizeram um protesto pedindo paz, em Campinas, cidade onde o rapaz morava. Os parentes dele estavam inconformados com o fato de o homem que confessou o crime não ter sido preso.
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