A Ilha do Fogo como ponto de difusão da
educação e da cultura. Essa é a proposta do Comitê Popular em Defesa da
Ilha do Fogo e do Rio São Francisco, apresentada esta semana ao reitor
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão
Pernambucano (IF Sertão-PE), Rildo Diniz.
Estiveram presentes no gabinete do
reitor um integrante do coletivo “Amigos da Ilha do Fogo”, Ênio Silva, e
um representante da Colônia de Pescadores, Manoel Santos. O movimento
popular reivindica o livre acesso da população de Petrolina e Juazeiro à
Ilha, após a sua ocupação pelo Exército Brasileiro, por meio do 72º
Batalhão de Infantaria Motorizada (72º BIMtz), no ano passado.
Em conversa informal com o reitor, os
visitantes apresentaram as principais pautas de reivindicação do comitê,
que defende a utilização do local para atividades esportivas, culturais
e de lazer. De acordo com Ênio, uma das propostas do movimento é a
criação de um projeto interinstitucional com essa finalidade, envolvendo
instituições públicas de ensino da região, como o IF Sertão-PE, a
Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Universidade Federal do Vale
do São Francisco (Univasf) e a Universidade de Pernambuco (UPE). “Com
o apoio dessas instituições, a Ilha poderia se transformar num ponto de
difusão da educação e da cultura, beneficiando toda a população. A Ilha
do Fogo é do povo!”, destacou Ênio.
Para Rildo Diniz, embora a ocupação da
Ilha tenha sido necessária para garantir maior segurança à comunidade
ribeirinha, o movimento em defesa dela e do Rio São Francisco é legítimo
e merece maior atenção das autoridades e dirigentes locais. “O comitê é importante para fazer essa negociação com o Exército”, ressaltou.
Ao final da reunião, o reitor sugeriu a
realização de um novo encontro com representantes do comitê e das demais
entidades envolvidas na tentativa de incentivar o amplo debate em torno
da questão. (Fonte/foto: Ascom IF Sertão-PE)
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