É grande a oportunidade que a cidade de Lagoa Grande (PE), no Sertão do São Francisco, tem de romper com os atrasos e com os “vícios” políticos.
Ainda jovem em relação a sua emancipação política, Lagoa Grande enfrenta o desafio de crescer e receber humanização fora de sua via principal, cortada por uma rodovia.
Não se pode tirar o mérito do ex-prefeito Jorge Garziera (PR) de ter começado a construir a cidade. Mas o mérito acaba aí.
Garziera se perde em discursos ufanistas, administrações desastradas e na total falta de credibilidade das pessoas que apoiaram e acreditaram em seus projetos. Bonachão e descontraído, vai levando a vida com tapinhas nas costas e perdendo aliados por não cumprir acordos, honrar compromissos ou respeitar aliados.
Desafio maior tem a oposição política na cidade. Será necessário uma rearrumação das forças, alinhamento de um novo projeto e, principalmente, uma liderança que possa conduzir a tropa.
Um projeto dessa envergadura requer planejamento, renúncia a vaidades pessoais e acima de tudo disciplina e paciência. Alguns integrantes desse “time” já admitem que precisam de um novo general. E o novo, exatamente o que a cidade precisa, ainda não se revelou. Definitivamente Garziera não é mais essa aposta.
Enquanto isso, o grupo do ex-prefeito e atual secretário de Governo, Robson Amorim, vai se esforçar para fazer uma administração mais profissional, focada em resultados, e trabalhará com as forças políticas do Recife e Brasília para mostrar a diferença.
Contudo, nesses próximos dias, fará uma ginástica para explicar o aumento generoso no salário do prefeito (R$ 18 mil) em uma cidade onde a maioria é pobre demais. Dirão que o salário foi reajustado pela necessidade de contratar médicos, que são caros, e esses, constitucionalmente, não podem ganhar mais que o chefe do executivo.
No fim de tudo está quem deveria estar em primeiro lugar: a comunidade, que não deve nada a grupos políticos e espera por um presente e um futuro melhor. Sonham com quem os tire da lama, da poeira, e ofereça políticas essenciais com a responsabilidade e dignidade que precisam e têm direito. Simples assim.
É isso aí!
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