O vereador de oposição Zé Batista da Gama (PDT), que pediu vistas ao projeto de autoria do Executivo Municipal o qual prevê o reajuste de salário do prefeito Júlio Lóssio (PMDB), do vice Guilherme Coelho (PSDB) e dos secretários, fez um ‘desafio’: duvida que Lóssio tenha coragem de vetar o aumento de salário dele.
No ano passado, em pleno clima de campanha política, Lóssio tentou vetar o polêmico reajuste dos vereadores, que passaram dos R$ 6 mil da legislatura passada para R$ 12 mil na atual. Para Zé Batista, Lóssio não fez mais do que “jogar para a plateia” naquela ocasião, porque a matéria era exclusiva do Poder Legislativo.
Por outro lado, o oposicionista garantiu que se fizesse parte da legislatura anterior, também teria se insurgido contra o reajuste de 100% para os vereadores de agora.
Em relação ao projeto de autoria do Executivo, Zé Batista afirma que o mesmo está dentro da lei e tem convicção de que Lóssio (já reeleito) não vai nunca vetar um projeto em seu benefício – principalmente um que aumente seu próprio salário. O vereador também defendeu um vencimento digno para os secretários da administração, a fim de evitar que cedam à tentação das propinas. “Sou funcionário público, já foi secretário municipal, e sei de empresários que querem dar ‘outro salário’ aos secretários. Fui tentado várias vezes e nunca aceitei, mas nem todos resistem. Por isso acho que o salário tem de ser compatível com sua capacidade gestora e com o que ele vai prestar para a coletividade”, ponderou.
O projeto de reajuste será votado nesta quinta (21) e deve passar na Casa Plínio Amorim, até porque, caso contrário, os atuais vereadores teriam de reduzir seus salários porque, pela lei, não podem ganhar mais do que o prefeito. E hoje ganham.
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