terça-feira, 26 de março de 2013

Delegado explica indiciamento do prefeito de Santa Maria no caso da boate Kiss


O delegado Marcelo Arigony rebateu, na segunda-feira (25), as acusações do prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), de que o inquérito da tragédia na boate Kiss — que deixou 241 mortos em janeiro — é um "absurdo jurídico". Cópia do texto foi enviada à Justiça para apuração de responsabilidade de Schirmer por "indícios de prática de homicídio culposo (sem intenção de matar)".
À um canal de televisão, Arigony citou, entre outras coisas, que a prefeitura respondeu a ofício do Ministério Público, de 2011, que as licenças da Kiss estavam vencidas.

— Se tivesse fiscalizado, a casa estaria fechada ou teria se adequado."

Polícia Civil apresenta inquérito de 13 mil páginas sobre incêndio na boate Kiss
Na quarta-feira, quando a tragédia completa dois meses, moradores vão se manifestar com sinais sonoros, às 18h.

Inquérito
 
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou 16 pessoas pelo incêndio na boate Kiss. O inquérito, composto por 13 mil páginas divididas em 52 volumes, foi entregue na 1ª Vara Criminal pelos delegados Marcelo Arigony e Sandro Meinerz na última sexta-feira (22).
Ao todo, 810 pessoas foram ouvidas pela polícia nos últimos 54 dias, entre investigados, testemunhas e parentes de vítimas.
Segundo Arigony, 35 pessoas foram apontadas na investigação com indicativos de responsabilizações. Desse total, houve 16 indiciamentos criminais, dez indícios de crime, nove casos irão para a Justiça Militar e um irá para o Tribunal de Justiça. Nove pessoas foram apontadas por crimes de improbidade administrativa e devem ser investigadas pela Justiça. Entre elas, além do prefeito, o comandante regional do Corpo de Bombeiros da cidade, o coronel Moisés Fuchs.

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