Apontado pelo inquérito que investigou o incêndio na Kiss como um dos responsáveis pela tragédia, o prefeito Cezar Schirmer teve a conduta criticada ao longo das 188 páginas do relatório enviado à Justiça. Para os delegados, ele teve comportamento omisso e negligente e que contribuiu para as 241 mortes e as centenas de feridos. O resultado da investigação foi apresentado na sexta-feira (22), com 16 indiciamentos criminais e um total de 28 pessoas responsabilizadas.
Apesar de responsabilizado, Schirmer não está entre os indiciados porque tem foro privilegiado por ser prefeito, então terá seu envolvimento analisado pelo Tribunal de Justiça. Em pronunciamento no fim da tarde de sexta-feira (22), o prefeito classificou o inquérito de “aberração jurídica”.
O inquérito ainda cita uma denúncia anônima de que a prefeitura estava omitindo documentos essenciais para a investigação, como um parecer do arquiteto Rafael Escobar de Oliveira, que apontava 29 irregularidades na boate Kiss. Esse documento determinava que o estabelecimento não poderia estar funcionando. A polícia cumpriu um mandado de busca no local, confirmando a suspeita.
“Havia realmente outros documentos relevantes relativos à boate Kiss que não foram encaminhados à Polícia Civil. Ao serem analisados estes últimos documentos, verificou-se que o mais importante documento relativo às irregularidades realmente não havia sido encaminhado pela prefeitura”, diz o texto, citando o relatório do arquiteto. (do G1)
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