segunda-feira, 22 de abril de 2013

Em Petrolina, Humberto sugere que candidatura de Eduardo a presidente facilitaria aproximação do PT com Lóssio


Em meio a uma intensa agenda administrativa em Petrolina, o senador Humberto Costa (PT) bem que tentou, mas não conseguiu se esquivar dos questionamentos feito pela imprensa local, na manhã de hoje (22), sobre uma provável aliança com o prefeito Júlio Lóssio (PMDB).
No gabinete do prefeito, onde prestigiou a solenidade de assinatura de uma ordem de serviço no valor de R$ 2 milhões para uma praça de cultura e educação no bairro Rio Corrente, fruto de parceria com o governo federal, o senador petista fez questão de ressaltar que um alinhamento político com o prefeito pode, sim, virar uma realidade em breve.
Não é segredo para ninguém que o prefeito tem uma identidade com o PMDB nacional, inclusive para as eleições de 2014. Estamos conversando para ver como faremos a campanha de Dilma aqui em Petrolina e a sucessão estadual, mas ainda é muito cedo”, afirmou Humberto, que foi atentamente acompanhado por Lóssio durante a entrevista.
No entanto, o senador deixou claro que se o governador Eduardo Campos, principal liderança do PSB, confirmar sua candidatura à Presidência da República, contrapondo-se ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, dificilmente a Frente Popular de Pernambuco sobrevirá. “Se a aliança for rompida em nível nacional, dificilmente será preservada em nível estadual”, sugerindo que uma aproximação com Lóssio seria facilitada.
Sem motivos
Sobre as chances do governador sair candidato, o senador petista não escondeu sua desaprovação. Disse não ver motivos para uma ruptura, neste momento, até porque foi durante o governo do ex-presidente Lula que Pernambuco ganhou grandes obras. “Ganhamos uma refinaria, um polo petroquímico, fortalecemos o Porto der Suape, duplicamos rodovias, trouxemos a Fiat. Como iremos justificar à população que tenhamos esse rompimento?”, indagou o senador, acrescentando que Dilma também tem dedicado uma atenção especial ao Estado e ao Nordeste.
O senador, que estava acompanhado pelas lideranças locais do PT em Petrolina – os deputados Odacy Amorim e Isabel Cristina, e os vereadores Geraldo da Acerola e Cristina Costa – reuniu-se, horas antes, num café da manhã com Lóssio, em sua residência (na Estrada da Tapera). Após a solenidade na prefeitura, ele ainda foi à Apami, que deve ganhar um aparelho de radioterapia, e à Univasf, para um encontro com o reitor Julianeli Tolentino. Segundo Humberto, ele tentará meios para conseguir uma ajuda no custeio da unidade médica, prestes a ser gerida pela universidade. O reitor critica o município de se recusar a repassar R$ 300 mil mensais, fruto de um acordo entre as duas partes. O senador retornou ao Recife por volta das 15h.

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