sexta-feira, 31 de maio de 2013

Professores de escola de referência em Dormentes (PE) tecem duras críticas a gestora

Numa nota de repúdio enviada ao Blog, um grupo de educadores da Escola de Referência em Ensino Médio Senador Nilo Coelho, no município de Dormentes (PE), Sertão do São Francisco, critica duramente a gestão do estabelecimento de ensino.
Segundo o grupo, houve uma decisão arbitrária da escola por cobrar transporte escolar dos alunos no dia em que os professores aderiram à greve nacional da categoria (em abril último), e também por ter informado sobre a falta dos professores, o que gerou desconto em seus contracheques. Ele informam ainda que a atitude foi justamente o contrário de outras escolas do município, que negociaram a reposição das aulas.
Confiram a nota, na íntegra:
Declaração de Repúdio
Nós, professores efetivos na Escola de Referência em Ensino Médio Senador Nilo Coelho em Dormentes – PE, afirmamos nosso compromisso, assiduidade e dedicação a este estabelecimento de ensino no cumprimento de nossos deveres em relação à educação de nossos alunos.
Como prova citamos o grande número de dormentenses aprovados em ENEM e vestibulares, 56 só em 2012; alunos participando de intercâmbio nos EUA, Canadá, Nova Zelândia e Austrália etc, sentimo-nos indignados e surpresos com a atitude da atual gestão da referida escola em relação aos três dias de Greve Nacional ocorridos dias 23, 24 e 25 de abril de 2013, quando exigiu o transporte escolar ao município cujos funcionários também estavam em greve, alegando que haveria aula normal, não respeitando o direito à greve dos efetivos e sem levar em conta a adesão de alunos, pois havia salas com o mínimo de alunos; turnos incompletos e sem se preocupar com a qualidade das aulas ministradas.
E, ao contrário de outras escolas estaduais e municipais que negociaram a reposição, esta escola informou as faltas pela Greve Nacional, provocando em nossos contracheques descontos de até um salário mínimo.
Enquanto há colegas que trabalham desde fevereiro e nada receberam, e outra que há três anos espera vencimentos atrasados e não recebe, admira-nos a agilidade dos descontos efetuados. Atitude arbitrária e ditadora de profissional, que pensa que cumprir dever é prejudicar colegas sem avaliar seu próprio trabalho e horário. Profissional esta que tem folga quando outros têm que cumprir seus horários à risca.
Por tudo isso, vimos a público denunciar e demonstrar nosso repúdio a tais profissionais e parabenizar as gestões das escolas estaduais e municipais que respeitam seus profissionais, dando-lhes oportunidade de participar da ação da classe e por lhes dar o direito de negociar a reposição.
Professores Marielia Cavalcanti de Macedo, Valdelice Rodrigues, Maria das Graças de Macedo Ferreira, Maria do Rosário de Macedo Cavalcanti, Viviana Granja, Antonieta Coelho Rodrigues, Maria do Socorro Coelho de Souza, Francineide de Assis Damasceno, Jivaneide Coelho, Eliane Reis Bezerra, Eduardo Ferreira Campos

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