quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pedro Fillipe ressalta “postura independente” e justifica CPI: “Não tenho culpa se o prefeito fala bem de mim”

Um dos protagonistas da celeuma de ontem (13) na Casa Plínio Amorim, o vereador de oposição, Pedro Fillipe (PSL), se disse tranquilo em relação às duras críticas feitas pelo colega Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL). Os dois bateram boca após Fillipe ter votado favorável à criação de uma CPI proposta pelo vereador governista Ronaldo Silva (DEM), a qual deve investigar a implantação do antigo Hospital de Traumas de Petrolina.
Betão chegou, inclusive, a afirmar que o colega “tomou um lado”, insinuando que estaria virando aliado do prefeito Júlio Lóssio (PMDB). Visivelmente aborrecido, Betão também sugeriu que Fillipe poderia até perder a liderança da legenda.
São colocações improcedentes, não me preocupo com isso. Sou líder do partido e fui votado pelos vereadores. Se lá na frente sugerirem que eu saia, não tem problema nenhum. Agora, desde quando assumi meu mandato, como vereador de oposição, disse que sempre ia votar com muita transparência, e ao lado do povo. Votei a favor da CPI do São João e na CPI do Traumas, sem problema algum”,argumentou.
Fillipe reforçou ainda que sempre deixou claro sua “postura independente” na Casa. Ele acredita que está sendo visto com reserva pelos demais colegas pelo fato de Lóssio andar tecendo insistentes elogios ao vereador nos eventos da prefeitura. “Não tenho culpa se o prefeito, por onde anda, fala bem de mim. Isso causa uma cimeira, mas eu não posso fazer nada”, declarou.
Justificativa
O vereador justificou também o fato de não ter comparecido à reunião da última sexta-feira (9), quando o líder de oposição, Ronaldo Cancão (PSL), reuniu-se com outros sete colegas num restaurante da cidade para definir a criação de uma CPI com vistas a apurar os gastos do município com os festejos juninos. Segundo Fillipe, naquele dia ele participou de uma solenidade na Casa que concedeu o título de Cidadão Petrolinense ao pesquisador Marcos Drummond.
Em seguida, teve de comparecer ao aniversário de 15 anos da prima, no qual era o padrinho. “A festa terminou às duas da manhã. Quando voltei ao restaurante, não tinha mais ninguém e fui embora. Mas não foi porque não quis ir. Até sugeri que (a reunião) fosse feita antes”, garantiu. A CPI do Traumas vai investigar supostas irregularidades no repasse de recursos do Ministério da Saúde à prefeitura entre os anos de 2001 a 2008, através de convênios, para a implantação do Traumas. Esse período abrange as gestões dos ex-prefeitos Fernando Bezerra (PSB) e Odacy Amorim (PT). As críticas a Fillipe se devem porque ajudou a criar uma comissão contra um aliado do grupo (Fernando Bezerra).

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