Depois de perder cerca de 12 cabeças de ovelhas durante o período mais intenso de seca em Uauá e cansado de gastar tempo cortando manualmente palma e outras plantas para alimentar o rebanho, o agricultor Juvino Santana da Silva, de Sítio dos Loiolas, juntou algumas peças e confeccionou uma forrageira e um carro para ajudar a transportar as forragens e também água.
Com a ajuda do cunhado Flávio Antônio Cardoso, Juvino utilizou um motor de moto, latas e outras peças soldadas e montou uma forrageira usada para triturar plantas para alimentação de seu rebanho. Inicialmente a capacidade do equipamento era de moer apenas as folhas da palma, depois, conforme conta Juvino e sua esposa Simone Joana, passaram a triturar também o tronco e por fim as raízes. Todas as peças foram reaproveitadas de uma oficina que o agricultor possui no povoado. “A gente fez com material todo reciclado, coroa de moto, bengala, mola de carro... pra gente foi ótimo, pra maioria dos vizinhos também, socorreu as necessidades da gente”, conta satisfeito o agricultor experimentador.
Depois do invento para a utilização na comunidade, Juvino fez ainda três forrageiras sob encomenda, o que lhe rendeu um lucro de R$ 600 cada. Além da forrageira, serve às atividades cotidianas da família também um carro, o primeiro invento do agricultor. O veículo é movido também por motor de moto, possui pneus de charrete e carrinho de mão e carroceria de madeira que suporta até 500 kg. Para fazer andar, não bastou o guidom de uma moto, o inventor fez uma adaptação e inseriu câmbio, pedais de freio e embreagem e volante. Mandacaru, palma e outras plantas forrageiras e até mesmo galões de água são transportados na engenhoca, que tem espaço também para duas pessoas sentadas.
Depois do invento para a utilização na comunidade, Juvino fez ainda três forrageiras sob encomenda, o que lhe rendeu um lucro de R$ 600 cada. Além da forrageira, serve às atividades cotidianas da família também um carro, o primeiro invento do agricultor. O veículo é movido também por motor de moto, possui pneus de charrete e carrinho de mão e carroceria de madeira que suporta até 500 kg. Para fazer andar, não bastou o guidom de uma moto, o inventor fez uma adaptação e inseriu câmbio, pedais de freio e embreagem e volante. Mandacaru, palma e outras plantas forrageiras e até mesmo galões de água são transportados na engenhoca, que tem espaço também para duas pessoas sentadas.
O agricultor é auto-didata, iniciou um curso de mecânica uma época que morou em São Paulo mas não deu continuidade, diz que basta apenas ver algumas tecnologias para inspirar as próprias. “A gente desenvolve na mente, dum dia pra noite a gente estuda, vai montando as peças e dá tudo certo”, diz. Para Juvino e Simone, essas invenções contribuíram significativamente com o modo de viver da família criadora de ovelhas, pois diminuiu o trabalho, principalmente com a alimentação do rebanho, algo bastante difícil no período da estiagem quando não se tem alimento estocado. “A gente estudou alguma forma de ser mais fácil e... deu certo”, confirma o agricultor.
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