Uma equipe do Núcleo de Inteligência do Sertão (NIS-4) prendeu ontem (29) no bairro Dom Avelar, zona norte de Petrolina, mais um transgressor. O indivíduo, Cláudio Ribeiro, foi preso por tentativa de homicídio contra um adolescente no João de Deus, zona oeste. Mas ele também confessou ter participado do assassinato de Fábio Oliveira da Silva, de 28 anos, na tarde do último sábado (25), na Vila Eduardo.
Até aí, seria mais um caso rotineiro desvendado pela polícia, não fosse por um detalhe gravíssimo. Ao ser entrevistado pelo repórter da Petrolina FM, Evanílson Barbosa, o ‘Cancãozinho’, o acusado disse ter comprado a alguém na Ilha do Fogo a arma utilizada no crime da Vila Eduardo.
E revelou mais: a ilha, atualmente, seria o maior ponto de comercialização de armas na cidade. Pior informação, impossível. Não foi para isso que o Coletivo ‘Amigos da Ilha do Fogo’ lutou, no ano passado, para reaver o acesso do local aos sanfranciscanos, depois que o Exército passou a administrar a ilha.
Se de fato essa notícia for verdadeira, é preciso que movimentos como os Amigos da Ilha ou ‘O Vale Acordou’ acordem para isso. Da mesma forma como as famosas mobilizações de junho clamaram por direitos à cidadania, seria importante que se levantassem também para evitar que a Ilha do Fogo, ao invés de cartão-postal, vire um ‘balneário’ da criminalidade. Situação, inclusive, que o tão criticado Exército conseguiu evitar enquanto administrou o espaço.
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