Uma das 12 vítimas da confusão que terminou em tiroteio na noite de Réveillon, momentos antes da virada, foi internada e passou por cirurgia na manhã desta quarta-feira (1º). Maria Clara Freitas, de sete anos, que está no hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio, sofreu uma fratura e deve ser transferida para um hospital particular.
A briga entre o casal Rosilene de Azevedo, de 37 anos, e Adilson Rufino, de 36, foi a base da confusão na avenida Nossa Senhora de Copacabana, na altura da rua República do Peru. Rosilene explicou o que aconteceu.
— Brigamos por causa de ciúme dele. Ele me enforcou no meio da rua e os policiais vieram me ajudar. Quando vi já estavam brigando. Foi tudo muito rápido, ele puxou a arma do policial. Foram vários disparos e foi para se defender. Estamos casados há 14 anos e esta foi a primeira agressão que ele me fez.
A polícia instaurou procedimento para investigar as circunstâncias do crime. Adilson foi autuado em flagrante pelos crimes de violência contra a mulher, dentro da Lei Maria da Penha, e por tentativa de homicídio.
Segundo a polícia, 12 pessoas foram encaminhadas para hospitais da zona sul, Barra e centro do Rio. Entre os feridos estão um coronel da PM e três mulheres. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria das vítimas já foi liberada.
O homem só parou com os disparos após ser atingido por tiros de outros PMs que deram apoio na ocorrência. Os oito PMs envolvidos na ação já foram ouvidos e todas as armas foram apreendidas e encaminhadas à perícia. A polícia já solicitou imagens de câmeras de segurança da região e deve ouvir as vítimas assim que elas estiverem recuperadas.
O casal não é do Rio de Janeiro e estava com os filhos de 7 e 15 anos que ficaram abalados com a confusão gerada pelo pai. Adilson foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto, onde passou por uma cirurgia e o estado dele é estável. Rosilene também está abalada com a situação.
— Sou de Petrópolis e eu não sei o que fazer agora, não conheço ninguém aqui. Se ele morrer foi uma burrada dele, se ele morrer a culpa é dele.
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