Autor da proposta da audiência pública na Casa Plínio Amorim que discutiu na manhã desta segunda (6) a situação do matadouro de Petrolina, o líder oposicionista Ronaldo Cancão (PSL) disse com todas as letras que o desejo do prefeito Julio Lossio (PMDB) é vender a área onde se localiza o equipamento.
Em seu discurso, Cancão que só se justifica o fato de a prefeitura abrir mão de uma receita de R$ 58 mil mensais, gerada pelo abate dos bovinos – proibido através de decreto de Lossio –, forçando o abate para o setor privado em Juazeiro da Bahia, se não fosse por isso. Até porque, segundo o vereador, no mesmo espaço também são abatidos os caprinos e suínos – que não sofreram restrições.
Para Ronaldo, ficaria mais fácil o prefeito primeiro impedir que os bovinos sejam abatidos para depois retirar os marchantes de caprinos e suínos, ficando com o caminho livre para enviar o projeto que propõe a alienação do imóvel.
O oposicionista revelou que no ano passado Lossio já tinha enviado esse projeto, mas decidiu retroceder porque sabia que não seria aprovado. À época, o imóvel estava estimado em R$ 30 milhões. A área abrange, além do matadouro, o Centro de Zoonoses e uma parte ocupada pela Polícia Civil para colocar veículos roubados.
Mesmo não tendo maiores detalhes, Cancão disse que o projeto está em “stand by”, e chegou a mostrar no plenário uma cópia do mesmo. Para o oposicionista, o prefeito tenta uma “manobra” ao impedir o trabalho dos marchantes, para depois tentar aplicar “a cartada final”. “Não vamos permitir de forma alguma que o prefeito saia dilapidando o patrimônio público, virando um balcão de negócios, e a sociedade petrolinense ficando sem seu patrimônio”, alfinetou. Ele também lamentou a ausência de representantes da prefeitura no debate de hoje, classificando como “uma falta de compromisso” da atual gestão em enfrentar os problemas da cidade.
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