Eles vieram de vários municípios da região do São Francisco como Curaçá, Sento - Sé, Casa Nova, Orocó, Santa Maria da Boa Vista e Sobradinho. Logo por volta das seis horas da manhã desta sexta-feira (14) já estavam fixando algumas faixas nas ruas e em frente à Prefeitura de Sobradinho. São os atingidos por barragens que continuam reivindicando direitos a uma condição de vida digna, mas que há décadas, esses direitos lhes são negados violentamente. A mobilização organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) apresenta uma pauta de reivindicações que há um bom tempo vem sendo discutida com a Chesf e o Governo Federal, que assumem os compromissos, mas que segundo o MAB, não vem sendo cumpridos.
Fernanda Rodrigues, dirigente regional do MAB, diz que as famílias recolocadas pelas barragens de Sobradinho e Itaparica, por exemplo, ainda vivem em localidades sem a menor infra-estrutura: sem acesso à água e a terra para plantar e tirarem o seu sustento e, ainda, são ameaçadas com a possibilidade da construção de mais barragens, obras que atendem os interesses de empresas multinacionais, mas que nos últimos 50 anos tem expulsado famílias inteiras de suas terras e as colocam em uma condição de vida extremamente precária. Uma realidade que precisa ser corrigida a partir das mobilizações e das pressões que o movimento vem encampando ao longo desses anos e, ao mesmo tempo, chama a atenção de toda a sociedade para esses graves problemas que afligem milhares de pessoas que tem direito a uma condição de vida mais digna e humana.
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Por Raimundo Fábio Ascom MAB |
domingo, 16 de março de 2014
ATINGIDOS POR BARRAGENS OCUPAM PREFEITURA E ESCRITÓRIO DA CHESF EM SOBRADINHO
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