De novo, um vacilo. E, de novo, não deu. Mas, desta vez, custou caro. O Flamengo foi à altitude de 3.600 metros de La Paz, mas sofreu um gol do Bolívar logo de saída e encontrou sua segunda derrota na Libertadores, por 1 a 0. Pior do que isso, só mesmo a lanterna do grupo 7.
Os rubro-negros continuam com quatro pontos, já que o León venceu o Emelec, com seis pontos, em casa, por 3 a 0, gols de Brito, Vazquez e Pena, e chegou sete para liderar a tabela. O Bolívar alcançou os cinco pontos e é o terceiro colocado da chave.
Na próxima rodada, o León recebe o Bolívar no México, daqui a uma semana. Já o Flamengo vai até Guayaquil, no dia 2 de abril, enfrentar o Emelec.
O jogo
Com perdão do trocadilho, não deu nem tempo de respirar. Com um minuto, Miranda chutou de longe e assustou Felipe. Aos três minutos...mais um vacilo rubro-negro fora de casa pela Libertadores. Já beira quase a tradição. Samir foi dominar bola na grande área, escorregou e Ferreira se aproveitou para roubar a bola. Mas foi derrubado pelo próprio Samir. Pênalti bem marcado.
Sem perdão, Arce cobrou com violência para o fundo do gol. Felipe até foi na bola, mas não deu. Com quatro minutos de jogo o Flamengo já estava atrás no placar e em situação muito complicada no grupo 7 da Libertadores. E a falta de ar parecia mesmo fazer efeito.
Lento, confuso e sem inspiração alguma, o Flamengo era um convite para o Bolívar, empurrado pela torcida. Só dava time da casa. Ou em chutes de longe ou em ultrapssagens por dentro da área. Em uma delas, aos 22 minutos, Felipe salvou a equipe carioca ao dividir bola com Ferreira.
E o Flamengo continuava a ser um cordeirinho nas alturas. Tonto, lento, tinha em Carlos Eduardo, peça inoperante no meio de campo, a sua representação fiel. Samir, nervoso, continuava a errar e escorregar atrás. Noite complicada.
Cabia ao Bolívar pressionar. E o fez. Mas como perdeu chances. Capdevilla, aos 36 minutos, ficou de frente para Felipe na grande área, mas tentou bater de trivela com a perna esquerda e isolou. O Flamengo, ofegante, só observava e rezava pela chegada do intervalo. Àquela altura, o León vencia o Emelec e empurrava o time rubro-negro para a lanterna do grupo 7. Enfim, o árbitro apitara o fim do primeiro tempo.
Na volta do intervalo, Jayme de Almeida tirou Gabriel, que sequer foi notado, para colocar Paulinho. Tentativa de prender mais a bola no ataque e dar um companheiro presente a Hernane, que já estava com torcicolo de tanto observar a bola viajar no alto.
Ao menos o time voltou mais atento. Porém, a posse de bola, em sua maioria, ainda era do Bolívar. Mas o Flamengo se fazia presente. Aos 13 minutos, André Santos tabelou com Muralha, foi à linha de fundo e cruzou com perigo para Hernane, mas a zaga afastou. No contra-ataque, Callejón teve boa oportunidade para servir Arce, mas tentou chutar de longe e a bola bateu no Flamengo.
Aos 17 minutos, a melhor chance do Flamengo até então. Carlos Eduardo lançou Paulinho na área, pela esquerda, e o atacante bateu forte, de primeira. Quiñonez, no susto, fez ótima defesa e espalmou o perigo. Aos 22, o Bolívar respondeu com Arrascaita, que fez boa jogada na grande área, puxou para o pé esquerdo e mandou um balaço, mas Felipe espalmou.
Aos 25 minutos, Jayme, enfim, se cansou de Carlos Eduardo. O camisa 20, sumido em campo, foi substituído pelo argentino Lucas Mugni. Mais disposiãção no meio de campo, mas o Flamengo sentia falta de seus dois laterais, inoperantes e que nem buscavam o ataque diante do ar rarefeito.
Do outro lado, o Bolívar tocava a bola, fazia o tempo passar e, vez em outra, esticava a bola para aproveitar a maior velocidade da bola a 3.600 metros de altitude. Arrascaita, aos 31 minutos, chutou e Felipe, de novo, espalmou. O Flamengo continuava assustado.
Mugni, no entanto, dava mais velocidade para puxar o contra-ataque. A pouco minutos do fim, Jayme sacou André Santos, exausto desde o primeiro minuto de jogo, para a entrada de Alecsandro. Everton compôs a lateral esquerda e deu mais força ao lado de Paulinho.
Aos 39 minutos, em boa jogada de Everton, Hernane recebeu a bola na entrada da grande área e bateu forte, de esquerda, mas Quinõnez encaixou. Aos 42 minutos, a maior chance. Em bola alçada na área, Mugni recebeu, fez embaixada, girou e bateu forte, mas Quinõnez, de novo, foi buscar no canto esquerdo. Esbaforido e nervoso, o Flamengo tentou alçar bolas à área. Em vão. De novo, o time rubro-negro foi presa fácil na Libertadores. E deixa La Paz como lanterna de seu grupo.
FICHA TÉCNICA
BOLÍVAR 1X0 FLAMENGO
Local: Estádio Hernando Silles, em La Paz (Bolívia)
Data: 19 de março de 2014 (Quarta-feira)
Horário: 22h(de Brasília)
Árbitro: Mário Díaz de Vivar (Paraguai)
Assistentes: Carlos Cáceres (Paraguai) e Eduardo Cardozo (Paraguai)
Cartões amarelos: Muralha, Wallace e Samir (FLA)
Gol: Arce (BOL), aos quatro minutos do primeiro tempo;
BOLÍVAR: Quiñónez; Cabrera, Álvarez e Luis Gutiérrez; Yecerotte (Arrascaita), Damir Miranda, Walter Flores, Callejón (Justiniano) e Capdevilla; William Ferreira e Arce (Cardozo)
Técnico: Xabier Azkargorta
FLAMENGO: Felipe; Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos (Alecsandro); Amaral, Muralha, Carlos Eduardo (Lucas Mugni), Gabriel (Paulinho) e Everton; Hernane
Técnico: Jayme de Almeida
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