sexta-feira, 14 de março de 2014

Prefeitura de Sobradinho é ocupada por Movimento dos Atingidos por Barragens

Manifestantes dos atingidos por barragens ocuparam na manhã desta sexta-feira (14) o prédio da Prefeitura de Sobradinho, quando se comemora o dia internacional de luta contra as barragens.

De acordo com Marta Rodrigues, integrante do MAB, as famílias que foram relocadas no município de sobradinho estão com seus direitos violados, vivem em situação de calamidade, sem acesso a água encanada e energia, além de problemas com Saúde e Educação. Ela destacou que é um movimento pacifico e que a mobilização é por tempo indeterminado. 

Eles vieram de vários municípios da região do São Francisco como Curaçá, Sento–Sé, Casa Nova, Orocó, Santa Maria da Boa Vista e Sobradinho. Logo por volta das seis horas da manhã já estavam fixando algumas faixas nas ruas e em frente à Prefeitura de Sobradinho. 

São os atingidos por barragens que continuam reivindicando direitos a uma condição de vida digna, mas que há décadas, esses direitos lhes são negados violentamente. 

A mobilização organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) apresenta uma pauta de reivindicações que há um bom tempo vem sendo discutida com a Chesf e o Governo Federal, que assumem os compromissos, mas que segundo o MAB, não vem sendo cumpridos. 

Fernanda Rodrigues, dirigente regional do MAB, diz que as famílias recolocadas pelas barragens de Sobradinho e Itaparica, por exemplo, ainda vivem em localidades sem a menor infra-estrutura: sem acesso à água e a terra para plantar e tirarem o seu sustento e, ainda, são ameaçadas com a possibilidade da construção de mais barragens, obras que atendem os interesses de empresas multinacionais, mas que nos últimos 50 anos tem expulsado famílias inteiras de suas terras e as colocam em uma condição de vida extremamente precária. 

Uma realidade que precisa ser corrigida a partir das mobilizações e das pressões que o movimento vem encampando ao longo desses anos e, ao mesmo tempo, chama a atenção de toda a sociedade para esses graves problemas que afligem milhares de pessoas que tem direito a uma condição de vida mais digna e humana. Com informações de Cleilma Souza/QSP e ASCOM/MAB

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