Equipe do Samu leva quase três horas para atender paciente com AVC em Izacolândia e revolta familiares

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) gerou revolta entre os familiares de uma comunitária de Izacolândia, zona rural de Petrolina. Tudo começou depois que a dona de casa Maria Maia sofreu um acidente Vascular Cerebral (AVC) na manhã desta terça-feira (15).

Segundo informações repassadas ao Blog, ela deu entrada na unidade de Atendimento Multiprofissional Especializado (AME) de Izacolândia por volta das 8h36. Desesperado, um dos filhos da paciente acionou o telefone 192 do Samu. Um enfermeiro da AME também ligou para a equipe no intuito de informar a gravidade do caso.

Incluindo o tempo normal de deslocamento do Samu – em torno de 30 minutos entre Petrolina e o povoado -, a equipe só foi chegar, no entanto, quase três horas depois (às 11h20). A longa espera por atendimento poderia ter levado a dona de casa à morte, o que tirou do sério os parentes de Dona Maria.

“Isso não é justo. Minha mãe ia morrer à míngua, enquanto o prefeito, que teve o mesmo problema que ela, foi para São Paulo se tratar só porque tem dinheiro”, desabafou Lindomar Alves Ferreira, um dos filhos da comunitária, que foi trazida para a Unidade de Pronto-Atendimento Especializado (UPAE) de Petrolina.

Cobranças

O vereador Ronaldo Cancão tinha ido a Izacolândia para o velório de uma amiga, mas tomou conhecimento do fato. Ao Blog ele informou que não havia ambulância em Lagoa Grande (PE) para atender a paciente e soube que o Samu de Petrolina, no momento, só dispõe de uma. “Há mais duas ambulâncias, mas uma foi levar um paciente ao Recife e a outra está em manutenção”, disse o vereador, garantindo que cobrará detalhes sobre a estrutura do Samu na cidade. Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Petrolina, através da assessoria, que contestou a informação. Quanto ao caso da comunitária, o órgão municipal ficou de esclarecer os motivos sobre o caso.