O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, será executado neste sábado (17) pelo governo da Indonésia por uma condenação por tráfico de drogas, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (15). A informação foi confirmada por Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral, órgão responsável pelas execuções no país. O Ministério das Relações Exteriores e o próprio Cardoso Moreira já foram informados do cumprimento da sentença. Em 2003, o brasileiro tentou entrar no país com mais de 13 Kg de cocaína escondidos em tubos metálicos de uma asa-delta. No ano seguinte ele foi condenado, e desde então estava detido.
Se a execução for consolidada, será a primeira vez que um brasileiro morre condenado à pena de morte no exterior. Outro brasileiro, Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, também foi condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas e teve, na semana passada, seu pedido de clemência rejeitado pelo presidente Joko Widodo. Com isso, não há mais recursos legais que possam impedir a sua execução, que ainda não foi marcada.
Segundo Utomo Karim, advogado pago pelo governo brasileiro para defender Cardoso Moreira, seu cliente ficará isolado até a data marcada para a execução, que será feita por fuzilamento. Karim disse ao jornal que Cardoso Moreira ficou “chocado” ao ser informado da execução iminente. Sem filhos e com os pais mortos, somente uma tia do brasileiro está na Indonésia acompanhando o caso, assim como um diplomata escalado pelo governo brasileiro.
Ainda de acordo com a Folha, o governo da Indonésia não respondeu aos apelos do governo brasileiro, que interveio com uma mensagem da presidente Dilma Rousseff para Widodo. Ex-governador de Jacarta, Joko Widodo assumiu a presidência em outubro e implantou uma política de tolerância zero para traficantes, prometendo executar os condenados por esse tipo de crime. Ele tem apoio da população, amplamente favorável à pena de morte. Em 2013, a Indonésia fuzilou cinco condenados e atualmente há 64 presos no corredor da morte no país. (fonte: Revista Veja/ foto: AFP)
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