terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Família de catarinense morto diz não acreditar em participação da máfia

Após receber informações da polícia do México sobre as circunstâncias da morte de Dealberto Jorge Silva, 35 anos, em Cancún, a família do rapaz descartou a hipótese de crime  envolvendo a máfia mexicana. "Nem a polícia, nem nenhum dos amigos tem qualquer indício para acreditar que exista de fato algum envolvimento com máfia mexicana", afirmou o primo da vítima, o advogado Juliano Girolla.
Segundo ele, uma "triste coincidência de fatos" levou a essa primeira conclusão de que teria sido um assassinato. A família acredita que houve um acidente. As autoridades mexicanas também negam a participação da máfia na morte.
A hipótese ganhou força com a divulgação de um áudio recebido por amigos de Dealberto no fim de semana no qual o rapaz alerta sobre um possível sequestro e pede ajuda. "Irmão, eu estou para ser sequestrado por aquela amiga do Marchetti, a russa. Tem muita gente, está muito estranho, e avise a Polícia Federal, alguma coisa assim, cara", diz Dealberto
Viagem e morte
Moradores de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, Dealberto e o irmão Fernando, de 33 anos, haviam viajado para o México no dia 2 de janeiro para o casamento de um amigo.
Segundo familiares contaram à TV RBS, depois da festa, eles ficaram na cidade de Playa del Carmen para participar de um festival de música eletrônica. Após o dia 7, eles pararam de postar fotos nas redes sociais e desapareceram.
A morte de Dealberto foi confirmada no domingo (11). Segundo a família, a polícia mexicana informou que o empresário caiu de uma altura de 10 metros em um prédio de Playa del Carmen – mesma cidade onde estava hospedado. Trata-se de uma região hoteleira, mas ainda não foi confirmado se o local da morte é um hotel.
Irmão em choque
Já Fernando, inicialmente dado como desaparecido pela família e amigos, havia feito contatos com a família dizendo estar "escondido". Juliano informou nesta terça (13) que Fernando voltou a telefonar na noite de segunda e que ele está "em estado de choque". Sem dar detalhes, o primo do rapaz diz que Fernando está "em um local seguro", e a família tenta fazer com que ele volte o quanto antes ao Brasil.

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