Dois dias depois de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter decidido não fazer um pronunciamento na televisão no Dia do Trabalhador para evitar um possível panelaço, o governador Paulo Câmara (PSB) criticou o gesto da petista, afirmando que um governante deve estar sempre conversando com a população. O conselho foi dado ao participar da missa da Arquidiocese de Olinda e Recife, neste domingo (3), na Igreja da Sé, que deu início, oficialmente, ao processo de beatificação e canonização de dom Helder Câmara, falecido em 1999. “As pessoas querem que se tenha sempre um processo de conversa, de diálogo. E a presidente tem que entender esse recado”, afirmou o socialista.
Ao invés de falar na TV, Dilma preferiu liberar uma série de vídeos nas redes sociais em que criticava o projeto em tramitação no Congresso que amplia as terceirizações no País. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), chegou a dizer que a petista não faria o tradicional pronunciamento do 1º de maio “porque não tinha o que dizer”.
Vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, por outro lado, criticou o ex-presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, que se posicionou contra a fusão do partido com o PPS, que deve ocorrer nas próximas semanas. Para Amaral, o PSB atual está “jogando a sua história na lata do lixo e não tem nada a ver com o partido de Miguel Arraes”.
“Os valores e os ideais são os mesmos. Democraticamente, o partido entendeu que tinha que seguir outros caminhos. Ele devia aceitar isso como militante do partido, devia contribuir para o debate, estar presente nas reuniões, coisa que ele não tem feito nos últimos tempos”, cobrou o governador ao histórico militante do PSB.
Roberto Amaral presidiu o PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos, mas rompeu com o partido no segundo turno da eleição presidencial de 2014, para apoiar a reeleição de Dilma (PT), quando Paulo e a família Campos pediam voto para Aécio Neves (PSDB).
PPS-PSB
O governador voltou a defender a união do PSB com o PPS, mas preferiu chamar o processo de incorporação, e não fusão. O PSB vai manter a sigla, número e a presidência da nova legenda. Com o acordo, o partido ficará com uma bancada de 45 deputados federais e 7 senadores. (fonte: JC)
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