Um mês e quatro dias após o crime que abalou a região, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) ainda não tem respostas precisas para apresentar sobre o caso da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, assassinada a facadas durante evento festivo no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, em dezembro último. Mas o caso vem sendo tratado como “prioridade” pelo Governo de Pernambuco. A garantia foi dada na tarde de hoje (14), pelo secretário executivo de Defesa Social, Rodrigo Bastos, e pelo chefe da PCPE, Antonio Barros, numa entrevista coletiva realizada no auditório do Colégio da Polícia Militar (CPM) na cidade.
Os representantes do governo, que vieram a Petrolina para nova reunião de trabalho do Pacto Pela Vida com os comandos e chefias locais da PM e da PC, aproveitaram para comentar sobre o andamento da investigação.
Bastos reforçou que o Caso Beatriz “não é simples”, por isso fica difícil falar em prazo de conclusão dos trabalhos. Ele destacou, contudo, que peritos criminais do Recife vieram à cidade, a pedido do secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e do governador Paulo Câmara, para dar um apoio à equipe local da Civil. “A investigação não está concluída, mas está muito bem encaminhada. Em breve traremos notícias conclusivas a vocês”, assegurou.
Na mesma linha, Antonio Barros afirmou que a PCPE vem tratando o caso não apenas como mais um trabalho profissional, mas como “uma questão de honra”, porque disse que esse crime também chocou os policiais. Tanto é que há três delegados cuidando do caso – além do seccional Marceone Ferreira, designado por ele no dia 23 de dezembro último, também estão Sara Machado e Magno Neves (Homicídios). Ele revelou que até o momento foram feitas 59 ouvidas e 42 perícias. Mas como a investigação corre em sigilo e ainda não está concluída, não dá para falar sobre eventuais suspeitos.
Barros também admitiu que o caso ainda poderá levar meses ser encerrado, porém se mostrou otimista quanto a resultados. “Nós acreditamos muito numa solução”, frisou, elogiando o empenho do secretário Alessandro Carvalho.
Criminalidade
Sobre os números do Pacto Pela Vida, Bastos ressaltou que essas reuniões junto às Áreas Integradas de Segurança (AISs) fazem parte da dinâmica do programa, até mesmo como forma de ouvir de perto os comandos e chefias regionais. Ele disse ainda que os números negativos da criminalidade foram generalizados no estado, daí os ajustes que o governador decidiu fazer nas polícias. Mas acredita que esse fato, aliado a uma nova dinâmica do programa, surtirá os efeitos esperados na redução desses números em 2016.
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