sexta-feira, 4 de março de 2016

PROCURADOR RODRIGO JANOT DESMENTE ISTOÉ E NEGA DELAÇÃO DO SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL

Procurador-geral da República afirma não discutir 'ato jornalístico', mas lembra que senador só poderia fazer delações à PGR, por ter foro privilegiado

Brasil 247 – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou na tarde de hoje (3) que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tenha feito acordo de delação premiada, desmentindo reportagem da revista semanal IstoÉ. "Não sei nem se ele fez delação... Ele vai fazer?", ironizou. Janot afirmou a jornalistas que não discute "ato jornalístico, que não é jurídico".

Ele afirmou ainda, se tivesse havido delação, ela teria sido feita à Procuradoria Geral da República, uma vez que Delcídio é parlamentar e tem foro privilegiado.

Segundo o procurador, caberá à PGR, caso haja delação, tomar o depoimento do senador ou de qualquer outro parlamentar que venha a fechar acordo de colaboração na Operação Lava Jato. Janot falou com a imprensa após participar da solenidade de posse do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, no Palácio do Planalto.

O senador deverá se manifestar oficialmente, por meio de nota, ainda hoje.

DELCÍDIO NEGA DELAÇÃO E DIZ DESCONHECER DOCUMENTOS
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou, em nota divulgada na tarde desta quinta-feira 3, que não confirma o conteúdo da reportagem publicada nesta manhã com denúncias que seriam de um acordo de delação firmado por ele no âmbito da Operação Lava Jato.

No texto, o parlamentar diz não ter sido contatado pela jornalista que assina a matéria e diz desconhecer os documentos publicados. "Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", aponta.

"Esclarecemos que em momento algum, nem antes nem depois da matéria, fomos contatados pela referida jornalista para nos manifestarmos sobre a fidedignidade dos fatos relatados", acrescenta.

A nota é assinada pelo senador e pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, que cuida de sua defesa. 

Abaixo, a íntegra:

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