O tesoureiro-geral do PP, deputado Ricardo Barros (PP-PR), deve assumir o Ministério da Saúde, que atualmente é ocupado por Marcelo Castro (PMDB-PI). A decisão faz parte da investida do governo Dilma Rousseff para evitar que o pedido de impeachment passe pela Câmara.
Como relator do Orçamento no ano passado, Barros notabilizou-se por afirmar que reduziria em R$ 10 bilhões a verba do Bolsa Família. O corte acabou não se concretizando.
Natural de Maringá, no norte do Paraná, ele faz parte de uma família com longa tradição política no município. Seu pai, Silvio Magalhães Barros, e seu irmão, Silvio Barros, foram prefeitos da cidade.
Barros é também casado com Cida Borghetti (PP-PR), vice de Beto Richa (PSDB-PR) no governo paranaense.
A decisão de tirar Castro da Saúde teria deixado o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que lidera o grupo governista do PMDB, contrariado. Ele avalia que a saída do PMDB da pasta da Saúde fará Dilma perder apoio entre peemedebistas no Congresso.
Com 49 parlamentares, o PP é o terceiro maior partido na Câmara dos Deputados, atrás apenas do PMDB (que possui 69 cadeiras) e do próprio PT (58 cadeiras). Com o desembarque do PMDB do governo anunciado no início da semana, o PP tornou-se o principal alvo do Planalto para conquistar votos no Congresso.
Além do PP, outro partido que deve ampliar a participação no governo é o PR, que conta com 40 deputados.
O Planalto, no entanto, ainda não decidiu se o PR fica com o Ministério da Agricultura, hoje com Kátia Abreu (PMDB-TO), ou como o das Minas e Energia, hoje com Eduardo Braga (PMDB-AM).
O governo teria pedido para que o PR escolhesse uma das pastas.
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