Candidatos que fizeram o concurso da Polícia Militar (PM), ontem, vão pedir a anulação do certame por causa de denúncias de fraude. Um abaixo-assinado circula na internet e já tem 1,6 mil assinaturas. Eles também organizam, pela rede mundial de computadores, um protesto amanhã, às 14h, na Praça do Derby. Cento e vinte uma pessoas estavam inscritas na seleção para o preenchimento de 1,5 mil vagas. O cargo é de soldado.
Segundo os participantes, em várias escolas onde a prova foi realizada pessoas puderam entrar na sala com aparelhos eletrônicos. Fotos em que mostram o uso de cartões com chip eletrônico, item proibido de acordo com o edital do concurso, foram compartilhadas nas redes sociais. A veracidade delas não foi confirmada pela Comissão de Concurso da Universidade de Pernambuco (UPE), instituição que organizou o certame. "Alguns amigos meus disseram que não tiveram sequer a digital colhida na prova. Na minha teve. Outros falaram que a prova começou com meia hora de atraso porque tinha muita gente pra entrar no colégio. A organização foi pequena para a quantidade de gente", contou Sérgio Cadena, que tenta pela segunda vez uma vaga. Segundo ele, além das irregularidades, várias questões são passíveis de serem anuladas. Ele afirmou que entrar com recurso para derruba-las.
Ontem, a Polícia Civil prendeu treze pessoas suspeitas de tentarem fraudar o concurso. A quadrilha tentou trapacear o certame por meio de pontos eletrônicos. Professores fizeram a prova e quinze minutos antes do término saíram. Eles repassariam os gabaritos a uma pessoa que estava em um carro, do lado de fora do prédio onde a prova acontecia. Apesar disso, a PC informou que o concurso não foi prejudicado.
Em nota, a Secretaria de Defesa Social informou que o concurso não foi cancelado. A reportagem tentou entrar em contato com a UPE, mas não obteve retorno.
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