O caso da menina Beatriz Angélica ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (1º/06). Num vídeo publicado nas redes sociais, a mãe da vítima, Lúcia Mota, critica veementemente a direção do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, onde sua filha foi brutalmente assassinada no dia 10 de dezembro passado. Ela ainda critica a Prefeitura Municipal e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além de voltar a pedir intervenção do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU).
Para Lúcia, o colégio assumiu risco, pois não teria contratado uma equipe de segurança, nem informado à Polícia Militar sobre a realização do evento. No vídeo, ela destaca que a equipe de segurança era formada por profissionais do próprio colégio, e que os mesmos não estariam aptos a fazer a segurança do evento. A mãe de Beatriz ainda apresenta documentos que comprovariam que a escola estaria “totalmente irregular com sua documentação de funcionamento”.
“Minha filha foi morta por causa de negligência de administradores, de diretora. Porque se a mesma tivesse informado à Polícia Militar do evento que estaria acontecendo naquele dia, informando à Secretaria de Segurança Pública, eles teriam dado, sim, um suporte. Nenhuma equipe de segurança qualificada o colégio contratou para o evento, porque os que estavam ali estavam brincando se segurança, pois eles eram funcionários de outras funções relocados para trabalhar na festa”, afirma Lúcia.
A mãe da menina apresenta uma documentação do Corpo de Bombeiros, que segundo ela, não teria autorizado o funcionamento da escola. No alvará de funcionamento da escola, ainda segundo Lúcia, consta que a instituição tem somente 1.500 metros quadrados (m²). Ela caracteriza o caso como “sonegação de impostos” e pede explicações da prefeitura. “O colégio e a prefeitura têm muito o que informar pra gente. Criminalmente, vocês devem explicações. Mil e quinhentos metros quadrados o colégio tem? Vocês estão falando de quê? Isso é um absurdo, isso é sonegação de imposto, isso é outro crime. O alvará está todo regular, mas expliquem para a sociedade como é que vocês têm esse alvará de funcionamento?”, questiona.
“Vocês assumiram risco, vocês deveriam ter informado à Polícia, vocês não se preveniram. Estou tendo impressão que não existe harmonia entre o Ministério Público e a Polícia. Olha a quantidade de irregularidades e ninguém foi preso. O que está faltando para o Ministério Público agir? Vocês querem outra tragédia? Não tem tragédia maior. E com a contribuição da falta disso aqui”, diz Lúcia, mostrando os documentos que comprovariam as supostas irregularidades praticadas pelo colégio.
Apelo
Lúcia Mota voltou a apelar para que o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União investiguem o MPPE em Petrolina, em especial o promotor Carlan Carlo da Silva. Segundo ela, “o Ministério Público de Petrolina só se preocupa em denegrir a imagem da Polícia. Existem solicitações da polícia [junto ao MP] e foram indeferidas por quais motivos? Eu peço ao Ministério Público Federal e à Controladoria Geral da União que fiscalizem todos os erros cometidos, porque o Ministério Público de Petrolina só denigre a imagem da polícia. Vocês estão sendo omissos. Eu imploro ao Ministério Público Federal que reavalie a postura do MP de Petrolina”, clamou.
Ela voltou a defender o trabalho da polícia. “São eles é que estão na linha de frente, nas ruas, para nos defender. Quem prende é a polícia, mas quem solta não é a polícia. A população precisa se informar mais”, finalizou.
O Blog reserva espaço para alguma explicação do Colégio, da Prefeitura e do MPPE.
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