Aldo Guedes já foi alvo de três Operações da Polícia Federal, a Lava Jato, a Politeia e a Catilinárias e aparece em citações na Operação Turbulência, mas, misteriosamente, continua solto.
O Brasil Online - Cai mais um paneleiro, paladino da ética, moral e bons costumes, um santo, um dos políticos mais corruptos da história de Pernambuco. Cai na lata do lixo da história. Que esta seja a última pá de cal na cova do corrupto Fernando Bezerra, pego pela Operação Lava Jato como um dos líderes da organização criminosa.
A Polícia Federal entregou ao Supremo Tribunal Federal, no último dia 9, deste mês, o relatório final do Inquérito nº 4005, que integra a chamada Operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de capitais praticados por empresários, políticos, servidores públicos e altos executivos de estatais e empresas privadas em contratos com a Petrobras e subsidiárias para enriquecimento próprio e ainda para financiamento de campanhas políticas.
Segundo nota divulgada, ontem, pela assessoria de imprensa da Polícia Federal, com relação ao resultado do Inquérito nº 4005, que tramita no STF, sob a relatoria do Ministro Teori Zavascki, “foram identificados elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa de três pessoas: um senador, um empresário e ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás e de um empresário recentemente preso na Operação Turbulência.”
Traduzindo para o bom português, já que a imprensa, de um modo geral, tem sido seletiva ao mencionar apenas o indiciamento do senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB, nosso Blog esclarece, como, aliás, já vinha fazendo quando todos os demais, em nosso Estado insistiam em blindar o sócio do Espólio do ex-governador Eduardo Campos, que o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás, que acaba de ser indiciado pelos crimes de corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa é o militante do PSB e cliente do advogado Ademar Rigueira, ALDO GUEDES ALVARO. Ao passo que o outro indiciado no inquérito 4005, juntamente com FBC e Guedes, é o já denunciado na Turbulência, João Carlos Lyra.
Tanto Aldo Guedes quanto João Carlos Lyra foram apontados nas delações premiadas dos executivos da Camargo Correia, como receptadores das propinas destinadas ao PSB, mas apenas nosso Blog mostrou os trechos dos depoimentos onde Aldo Guedes era citado (LeiaAQUI e AQUI). Estranhamente, os demais esconderam isso, preferindo destacar o papel do morto no caso, omitindo, inclusive, que não apenas a campanha de Eduardo Campos fora beneficiária do esquema de pagamento de propinas, já que no ano de 2012, ano de campanha eleitoral municipal em que Campos sequer foi candidato, houve forte movimentação nas contas dos "laranjas", advindas de depósitos de empreiteiras, em especial da OAS, considerados "suspeitos" pelo COAF e pela própria Polícia Federal (leiaAQUI).
É que morto não responde processo, nem vai pra cadeia. Morto é inimputável. Mas vivo faz delação premiada e entrega os vivos. Então às favas com a memória dos mortos desde que se preserve impunes os vivos, os vivaldos e as vivaldinas.
As ligações de Aldo Guedes e demais integrantes da cúpula do PSB, inclusive do governo atual de Pernambuco, a exemplo do ex-procurador Geral do Estado, Thiago Norões, que hoje ocupa o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico e Superintendente de SUAPE com empreiteiras atoladas até o pescoço em escândalos de corrupção são antigas.
A Veja On-Line revelou, em outubro no ano passado, gravações em que Aldo Guedes e Thiago Norões, que também é citado como primo do ex-governador Eduardo Campos, procuraram a Odebrecht para que essa desse uma espécie de "chegue especial" para custear secretamente uma obra que em paralisada que foi a da PPP do Presídio de Itaquitinga. Na gravação, o Executivo da Odebrecht, João Pacífico Ferreira, durante uma reunião com o dono na construtora Advance, onde estavam presentes Thiago Norões, então Procurador Geral do Estado e Aldo Guedes, na época presidente da Copergas, aparece declarando que a empreiteira estaria dando uma espécie de "cheque especial" para o Estado de Pernambuco, a pedido de Eduardo Campos, pois a empresa não poderia aparecer no negócio. João Pacífico é um dos alvos da Polícia Federal na Operação "Fair Play" e por uma coincidência incrível, tem como advogado, na qualidade de executivo da Odebrecht, o mesmo advogado de Aldo Guedes, ninguém mais, ninguém menos que Ademar Rigueira, aquele que advoga para todos os que assaltam os cofres do povo pernambucano e que está agora no STJ tentando tirar a Polícia Federal da jogada pra passar a bola para a Polícia Civil de Paulo Câmara (Leia AQUI):
"Na transcrição, João Pacífico Ferreira afirma que a Odebrecht participava das discussões para atender a um pedido direto do governador Eduardo Campos ao presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. Por decisão do conselho da Odebrecht, porém, a participação não poderia ser pública. “Fomos demandadospra ajudar numa solução, por isso que a Odebrecht não aparece, porque não podemos”, disse o diretor da empreiteira.
Sem saber que estava sendo gravado, Ferreira fala em aportes financeiros secretos realizados pela Odebrecht para ajudar na realização da obra do presídio. “O Grupo Odebrecht tá dando ao Es… (inaudível) é como que diria é… liberando para ele, com o aval do Estado. Porque nós não podemos participar né. Não temos condições. Um valor X que no nosso entendimento dá para terminar. Terminar a obra, estes três pavilhões, de alguma forma fazer” (…) “Ou seja, em síntese, o que é que nós temos. Só que nós tamos limitando a um cheque especial que é este que tem o aval do Estado”.
(…)
Na gravação, o presidente da Copergas, Aldo Guedes, revela que o governo de Pernambuco não poderia pedir mais dinheiro a ninguém e que a solução construída “a quatro mãos” com a Odebrecht foi a única saída para tocar o empreendimento. “O que a gente tá querendo dizer é o seguinte. Nosso amigo aqui (referindo-se a Ferreira) já botou cinquenta pau, por favor, trinta, quarenta ou vinte, já botou lá pra tentar rodar isso, não rodou. Tá vindo um outro cheque especial. Isso tem que ter um prazo. Ninguém bota um negócio desse de favor não”, explica Guedes, sugerindo que os 50 milhões aportados pela Odebrecht não era o primeiro dos repasses."
Nenhum comentário:
Postar um comentário