Em acordo de delação premiada, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci tenta negociar que sua pena seja cumprida em prisão domiciliar.
Em troca, segundo informações da Folha de S.Paulo, Palocci denunciaria banqueiros, empresários e até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Detido desde setembro de 2016, o ex-ministro tem elaborado a sua proposta de delação com a Procuradoria-Geral da República e a força tarefa da Lava Jato em Curitiba.
De acordo com a publicação, Palocci estaria disposto a revelar os detalhes de operações irregulares cometidas pelo ex-presidente e um dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar, o empresário Abílio Diniz.
Sobre o ex-presidente, procuradores exigiram que Palocci confirmasse informações dadas por ex-executivos da Odebrecht a respeito de Lula. Segundo a Folha, o ex-ministro teria sinalizado positivamente, principalmente sobre à conta "Amigo".
Segundo o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, Palocci operava uma conta-propina, destinada às demandas políticas de Lula.
Um outro episódio que Palocci pretende esclarecer sobre o ex-presidente é o suposto benefício financeiro obtido por Lula na criação da empresa Sete Brasil, em 2010.
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