O protesto de caminhoneiros que mantém fechadas rodovias por todo o país há três dias já começa a afetar a distribuição de gasolina, diesel e etanol nos postos de São Paulo.
Segundo o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), José Alberto de Paiva Gouveia, a última entrega normal ocorreu na segunda-feira (21).
"Na terça, muitos postos já não receberam e hoje ninguém recebeu nada. Os postos têm estoques que duram normalmente três dias. Se isso [protestos] não acabar rápido, a partir de amanhã alguns revendedores já não vão ter produto", afirmou Goiveia ao R7 nesta quarta-feira (23).
Ainda de acordo com o presidente do Sincopetro, a região mais crítica é o Vale do Ribeira, onde postos registraram longas filas de pessoas que temiam ficar sem combustível. No entanto, ele recomenda que não haja corrida para abastecer, sob risco de agravar a crise.
Questionado sobre o risco de alguns postos aumentarem o preço do combustível diante da escassez, Gouveia disse que a atitude é "inaceitável". "Quem fizer isso tem que ser denunciado, chame a polícia, o Procon", disse.
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