sábado, 9 de junho de 2018

A festa da bola em solo russo

Com investimento de 11 bilhões de dólares para receber 32 seleções, mundial da Rússia começa na quinta-feira 14 com recorde de países favoritos à conquista do título — o Brasil entre eles
Ao meio-dia da quinta-feira 14, Rússia e Arábia Saudita entram em campo no Estádio Luzhniki, em Moscou, para a primeira partida da Copa do Mundo FIFA 2018. É a terceira Copa seguida sediada em um país pertencente aos BRICS – nações que na primeira década do século 21 eram apontadas como a locomotiva de um novo ciclo de prosperidade da economia global. Dos cinco países do grupo, apenas a Índia ainda permanece de fora de um grande evento esportivo internacional. A China sediou a Olimpíada de Pequim, em 2008. A África do Sul foi o país da Copa de 2010. O Brasil teve o mundial de futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Agora é a vez de a Rússia mostrar que pode fazer a grande festa para o esporte mais popular do planeta.
Assim como nos dois mundiais anteriores, a preparação russa enfrentou problemas que parecem colocar em campo muito mais dúvidas sobre o modelo de negócio que envolve o torneio do que certezas sobre os resultados. Obras atrasadas, denúncias de desvios e estádios condenados a virar elefantes brancos antes mesmo de a bola rolar pela primeira vez mostram que a grandiosidade de um evento “padrão FIFA” pode criar mais transtornos que vantagens para o país sede. A Rússia construiu ou reformou 12 estádios para a Copa, em um investimento estimado em US$ 11 bilhões — dinheiro cujo retorno é difícil estimar. Mas nada disso parece importar quando o árbitro apita o início da primeira partida. Com a bola rolando e as emoções à flor da pele para bilhões de torcedores de todo o planeta — até mesmo em países que não participam da competição —, uma Copa do Mundo é um momento de pura magia. E, ao contrário do que ocorreu em edições anteriores, este é o mundial com mais favoritos para erguer a taça. A Seleção Brasileira chega com força ao páreo, ao lado de Alemanha, França, Espanha e Argentina. Juntas, as cinco seleções conquistaram 13 das 20 Copas do Mundo já disputadas. A tetracampeã Itália é o grande desfalque na Rússia.

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