Inicialmente registrado como suicídio, um caso ocorrido no povoado do Atalho, zona rural de Petrolina, no último dia 2 de junho, está tendo um desfecho ainda mais intrigante. Uma adolescente, de 12 anos de idade, encontrada morta com uma corda envolta do pescoço pendurada em uma árvore foi, na verdade, assassinada, segundo a Polícia Civil (PC). O principal suspeito do crime é o ex-marido de uma tia dela, Ivan da Silva Pereira, de 30 anos, o qual foi preso no dia de ontem (9), no bairro Alto da Aliança, em Juazeiro (BA), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva.
De acordo com o delegado Gregório Ribeiro, o suspeito teria tido um relacionamento com Maria Clara das Neves Sobrinho e a mesma estava grávida. O crime teria sido a forma encontrada por Ivan para que a família não ficasse sabendo, mas um laudo pericial constatou o fato.
“A situação era bem estranha, totalmente atípica, em razão de algumas situações técnicas, como a forma do nó na corda, o que motivou o início das investigações. No decorrer desse processo, após várias ouvidas, com algumas provas técnicas, chegamos à conclusão de que não teria sido suicídio, e sim homicídio. O inquérito ainda não está concluído, por isso não podemos entrar em tantos detalhes”, explicou Gregório.
Suposto relacionamento
Conforme o delegado, testemunhas informaram que o suspeito teria sido a última pessoa no local do crime. “Aí gerou a suspeita do envolvimento dele, que foi se confirmando com a situação de ele ter tido um relacionamento amoroso com a vítima. Pelo que concluímos, o fato se deu justamente em decorrência pelo receio dele da família descobrir essa gravidez. Então, ele acabou praticando esse homicídio buscando ocultar a gravidez, mas ele não pensou que haveria todo um laudo pericial”, detalhou.
Conforme os laudos, a adolescente estava no segundo mês de gestação. A Polícia Civil está aguardando novos exames, inclusive de DNA. Ivan da Silva foi localizado na casa da mãe e encaminhado à delegacia em Petrolina, logo após foi encaminhado à Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes. “Ele vai ficar preso até que algum juiz delibere pela sua soltura, é uma prisão sem prazo. Enquanto isso, estamos concluindo o inquérito para remeter à Justiça e estamos esperando alguns exames periciais para podermos remeter à Justiça e ele possa ser logo julgado”, finalizou o delegado Gregório Ribeiro.
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