segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Museu Nacional e o incêndio que queimou a alma de um povo

O país assistiu perplexo, na noite de ontem (2), a um dos seus maiores patrimônios ser destruído por um incêndio de grandes proporções. O Museu Histórico Nacional foi consumido impiedosamente pelas chamas, que levaram com elas grande parte de arquivos preciosos e de valor inestimável para a memória do Brasil.
O prédio já abrigou a Família Real, quando da sua vinda em 1808. Lá se encontrava também um acervo vasto dessa época – de Dom João VI a Dom Pedro II.
Todos nós aprendemos, de pequenos, que o passado de um país ajuda a construir seu presente e a planejar seu futuro. Mas infelizmente não era isso que o Museu Nacional representava para o Brasil.
Praticamente abandonado, esse equipamento sofria com sucessivos cortes de recursos públicos para sua manutenção. Algo inimaginável em qualquer país civilizado, que valoriza a história de sua gente.
A Polícia Civil deverá investigar a hipótese de o incêndio ter sido criminoso. Pode até ter sido, mesmo. Mas o maior crime não é esse. Crime, de fato, é simplesmente deixar um equipamento público como o Museu Nacional ser relegado às traças, apagando uma memória da qual todos deveriam conhecer. Ou ter conhecido.

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