O país inteiro assiste perplexo, desde a última sexta-feira (25), a mais uma tragédia ambiental sem precedentes em sua história, com o rompimento de uma barragem de rejeitos da Mineradora Vale, localizada em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. É a segunda desse tipo, apenas num intervalo de três anos. Até então, a maior catástrofe tinha sido a de Mariana, também no Estado mineiro. Agora foi muito pior.
Segundo informações atualizadas a todo momento pela Grande Imprensa, já são 58 os mortos dessa tragédia, e mais de 300 estão desaparecidos. Só esses números dispensam quaisquer comentários. Mas além da comoção dos brasileiros, este novo crime também traz apreensão ao Vale do São Francisco.
Isso porque o Rio Paraupebas, um dos afluentes do Velho Chico, poderão ser atingidos pelos rejeitos de minério. Se isso acontecer, fatalmente o problema também atingiria nossa região. O governo federal acredita que a Barragem de Retiro Baixo, localizada a mais de 150 km do rompimento, possa ser capaz de reter esse material tóxico, evitando assim que o São Francisco seja afetado.
Vamos torcer que aconteça isso mesmo, porque caso contrário seria também uma tragédia para os ribeirinhos sertanejos. O que poderia acontecer a Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), as duas principais cidades do Vale, que têm no rio a mola-mestra de suas economias? O que seria da fruticultura irrigada da região?
Evidentemente, os sanfraciscanos nutrem no momento um sentimento de tristeza e solidariedade pelas vítimas desse crime brutal. E não poderia ser diferente. Mas é bom que nossas autoridades envidem esforços para evitar o que ninguém na região teme que aconteça.
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