segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Após onda de violência, Governo Ceará tem apoio da Força Nacional e anuncia transferência de detentos para presídios federais

Em meio à crise na segurança pública, o governo do Ceará anunciou na noite deste domingo, 6, que irá transferir nas próximas horas pelo menos 20 detentos para presídios federais. O número de transferências pode aumentar nos próximos dias uma vez que, de acordo com o governo cearense, o Ministério da Justiça já confirmou que irá disponibilizar 60 vagas nas cadeias federais. Um preso já foi transferido, mas não foi informado para qual presídio ele foi encaminhado.
A negociação das transferências foi feita diretamente entre o governador Camilo Santana (PT) e o ministro da Justiça, Sérgio Moro. A pasta federal já vem auxiliando o Ceará na crise de segurança cearense com o envio de homens da Força Nacional de Segurança.
Balanço divulgado neste domingo pela assessoria de imprensa do Ministério da Justiça e Segurança Pública indica que os ataques em Fortaleza e cidades da região metropolitana da capital cearense diminuíram no primeiro dia de atuação da Força Nacional. De acordo com a nota da pasta, os episódios, que chegaram a 45 na quinta-feira, 3, e a 38 no sábado, 5, caíram para 23 neste domingo.
A Força Nacional promove ações de patrulhamento ostensivo, preventivo e repressivo em terminais rodoviários e vias de grande circulação da região desde as 19 horas de sábado. Ao todo, 330 homens e 20 viaturas atuam no Estado.
Ataques
Nos últimos quatro dias, Fortaleza e cidades da região metropolitana da capital cearense foram palco de ataques a veículos e explosão. Os ataques aconteceram um dia após o titular da recém-criada Secretaria da Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, ter dito que não reconhecia facções no Estado e que não separaria mais os presos de acordo com a ligação com essas organizações.
As operações são lideradas pela Polícia Militar do Estado do Ceará, mas contam com o auxílio da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do departamento Penitenciário Nacional (Depen). A Força Nacional permanecerá no Estado por até 30 dias. O prazo, no entanto, poderá ser prorrogado. (Fonte: Estadão)

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