Residindo em Petrolina desde meados da década de 80, a leitora Flávia Souza Bittencourt perdeu a paciência com mais um problema de falta d’água na cidade, que deixou dezenas de bairros desabastecidos. Ele deixa ao Blog seu desabafo.
Prezados idealizadores e organizadores do mais popular e importante mecanismo de denúncia e divulgação da cidade de Petrolina.
Eu, Flávia Souza Bittercourt de Oliveira, Engenheira eletricista e cidadã Petrolinense desde 1986, gostaria de gentilmente pedir espaço para manifestar, em nome dos petrolinenses, meu total repúdio à Companhia Pernambucana de Saneamento, abreviadamente, Compesa.
Reconhecida em todo o estado de Pernambuco pela péssima qualidade dos serviços prestados, o total descaso com questões ambientais e sociais, a empresa tem declaradamente mostrado seu descaso pela cidade de Petrolina de forma ainda mais acentuada nos últimos dois anos. Hoje (ontem), 25 de dezembro de 2019 – uma data de reunião familiar, presenteou a cidade com desabastecimento e sem aviso prévio, gerando sentimentos negativos em uma data que sempre remeteu à paz e ao convívio familiar.
Presente em 173 dos 185 municípios pernambucanos, a Compesa tem seu segundo maior volume de faturamento na cidade de Petrolina, conforme dados públicos do último relatório anual. Nessa cidade também está um dos contratos mais antigos da compensa, iniciado em 06/11/1975 e com previsão de finalização em 05/11/2037.
Não são segredos de ninguém os métodos de tratamento da empresa, a atual situação das estações elevatórias, as lagoas de estabilização e o destino da água contaminada. Também não é segredo que ambos os problemas são mais fáceis de serem resolvidos através de métodos judiciais e pagamentos de multas insignificantes. É de se surpreender como um município e administração pública deixa uma empresa ficar tanto tempo impune.
Despeço-me desejando um Feliz Natal aos dirigentes da Compesa e todos aqueles que lucram às custas da miséria e dos péssimos serviços prestados no município, incluindo os administradores, promotores e todos que se fazem de cego com o que acontece aqui.
Obrigada pelo espaço.
Flávia Souza/Leitora
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