A dívida da Prefeitura de Juazeiro para com a Pró-Matre chega a mais de R$ 3 milhões de reais e nem mesmo o depósito de R$ 400 mil na manhã desta sexta-feira (04) diminuiu o ímpeto dos funcionários que percorreram as ruas centrais da cidade reivindicando o repasse total dos recursos para que eles recebam os salários atrasados. Com a parcela de R$ 400 mil a unidade hospitalar pagou o mês de agosto, mas ficou devendo ainda setembro. A recepcionista Maria José explicou a sua participação na manifestação. "Salário é um direito nosso, a Prefeitura tem que pagar o que deve à Pró-Matre para que a gente receba o que também é nosso de direito".
O ex-vice prefeito Antonio Carlos Chaves que raramente participa desses manifestos foi um dos que pegaram na alça do caixão durante o enterro simbólico do prefeito. "Estou aqui porque sei o quanto é difícil realizar uma cirurgia cardíaca mesmo tendo plano de saúde, imagine quem não dispõe de recursos e depende do SUS. Considero essa atitude do governo um crime". O comunitário David Lima foi outro que se integrou ao manifestou alegando que já levou esta situação da Pró-Matre ao conhecimento do Ministério Público. "E não venham dizer que estou fazendo política. Saúde é vida e é por isso que estamos lutando".
César Miller, secretário do PTB, integrou a passeata dos funcionários da Pró-Matre e rechaçou a alegação de movimento político. "Politicagem é o que o prefeito vem fazendo atribuindo a oposição todos que se manifestam contra esse desgoverno". Os vereadores José Carlos Medeiros e Valdeci Alves, ambos do PV, também deram apoio e participaram integralmente da manifestação que foi encerrada com uma série de protestos em frente ao prédio sede da Secretaria da Saúde. A manifestação foi acompanhada por agentes de trânsito e policiais militares