Familiares do jovem Anderson dos Santos Alexandre, de 27 anos, que foiencontrado morto em uma cela da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Petrolina (213ª Circunscrição), localizada no bairro Ouro Preto, zona oeste da cidade, na última quinta-feira (4), questionam a morte do mesmo, que tinha sido preso sob acusação de furto.
O pai da vítima, Manuel Alexandre (foto), disse que não credita na possibilidade de seu filho ter cometido suicídio – primeira hipótese na linha de investigação da Polícia Civil. “Anderson não tinha motivos para se enforcar”, disse Manuel, questionando: “Ele estava com hematomas, cortes na cabeça – que não tinham, e o olho roxo. Apesar de tudo, eu confio na polícia. Mas eu quero saber o que aconteceu com meu filho.”
Manuel Alexandre também disse que Alexandre foi preso acusado de ter furtado uma carteira. “Ele não precisava desse dinheiro. E tudo isso aconteceu por causa de uma carteira, que tinha 50 reais dentro”, informou.
Ele disse que vai processar o Estado. “Vamos colocar um advogado para resolver isso. Ele estava sob proteção da polícia, morreu dentro de um órgão do Estado, então isso vai ter que ser resolvido. Eu esperava o Rio São Francisco secar, mas não enterrar um filho dessa maneira”, lamentou.
Investigação
De acordo com informações da Polícia Civil, que já trata o caso como suicídio, segundo nota divulgada ontem (5), já “foram adotados os procedimentos de praxe na elucidação do fato. Foi feita a perícia na cela onde esteve o suspeito por e o corpo foi levado para exame também no IML (Instituto de Medicina Legal)”.
Ainda de acordo com a nota, “todos os laudos e informações serão reunidas em inquérito policial já instaurado para apurar os fatos da ocorrência de suicídio”,finaliza a nota.
O IML confirmou a este Blog, ainda ontem, que a causa da morte foi asfixia por enforcamento, no entanto, o laudo completo com todas as causas da morte só deve ficar pronto na próxima quinta-feira (11). (foto/Sérgio Lopes)