Ministério Público de Pernambuco instaura grupo com seis Promotores de Justiça para analisar as provas do crime colhidas pela Polícia Judiciária do caso Beatriz. A informação foi divulgada pelos Promotores de Justiça numa coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (15). Beatriz Angélica Mota, de sete anos, foi assassinada com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro das dependências do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, em Petrolina, e até o momento, o inquérito não foi concluído com a punição dos envolvidos no crime.
Sob o comando do Procurador-Geral de Justiça, Carlos Augusto Guerra de Holanda, os Promotores Carlan Carlo da Silva, Ana Rubia Torres, Julio Cesar Soares Lira, Lauriney Reis Lopes, Bruno de Brito Veiga e Rosane Moreira Cavalcanti, asseguram que o grupo de trabalho dará, a partir de agora, uma assistência 24horas as investigações com o objetivo de elucidar o crime, pois a união de forças, com a força-tarefa, dará folego ao grupo para desvendar o crime, ressaltou o Promotor Carlan Carlo, que até então dirigia o trabalho com mais dois colegas Promotores.
“Estamos juntos para que possamos fazer um trabalho com os demais órgãos de investigação com o intuito de esclarecer a autoria desses fato criminoso que vitimou a menor Beatriz. O grupo de trabalho se faz necessário para que o MPPE possa dar uma assistência 24horas, para que a qualquer momento o colega esteja sabendo da situação e tendo conhecimento dos fatos. A investigação tem hora para começar não tem hora para acabar, pode ser concluída a qualquer momento, com um simples detalhe um crime pode ser elucidado, mesmo aquele que aparentemente de difícil elucidação”, disse Guerra.
De acordo com o Promotor Julio César, que conduziu a coletiva, o primeiro passo do grupo é conhecer as provas até então produzida pelo delegado da Polícia Civil Marcione Ferreira responsável pelas investigações do caso Beatriz e que conduz o inquérito; o segundo passo é ouvir os pais de Beatriz Lucia Mota e Sandro Romilton e o terceiro passo é realizar uma reunião com o setor de investigação da Polícia Judiciária, os pais de Beatriz, e os demais órgãos de segurança que acompanham o caso. “Este crime não ficará impune, vamos nos apoderar da prova até então produzida para que as seis cabeças [Promotores de Justiça] possam analisar”, disse Julio César.
O Promotor também ressaltou que “a investigação é da Polícia Judiciária e ela está no caminho certo”, e disse que não cabe nem a Polícia e nem ao Ministério Público está informando a imprensa, já que o processo de investigação corre sob segredo de Justiça. “O grupo de trabalho vai se dispor a participar de todos os fatos da Polícia Judiciária com o objetivo de desvendar o crime e sustentar as provas em Juízo. Vamos defender as provas das autorias reveladas e respaldar as provas contra os criminosos, evitando a não impunidade”, afirmou Julio César.
Questionado o porque da formação desse grupo seis meses após o crime, o Promotor de Justiça, informou que não houve demora. “O que estamos fazendo de forma bastante célere é dar encaminhamento a um grupo que foi formado sábado, então, a atuação do grupo está sendo imediata, diante da importância que o caso requer e é bom que se diga que a Polícia Judiciária, em quem nós temos confiança, pelo trabalho até então realizado, o MP é receptor das provas conduzidas pelo delegado de Polícia”.
Os pais da vítima acompanharam a reunião com a imprensa, em seguida, se reuniram com o grupo de Promotores para uma primeira conversa. Este contato foi restrito sem a presença da imprensa.