Para analistas, considerando que o petróleo subiu 17% em reais desde último reajuste de preço dos combustíveis, em 6 de dezembro, juntamente com a nova política da Petrobras de fazer correções mensais nos valores, o brasileiros terão em breve um novo aumento nessas tarifas. Devido a seu potencial de impacto na economia, especialistas defendem que a correção de preços da Petrobras deveria ser feita com um intervalo maior, de dois ou três meses.
“Diante da atual política da estatal de revisão mensal dos preços dos combustíveis, especialistas alertam que se pode esperar para breve novo reajuste. E defendem que a empresa deveria fazer as revisões de preços a cada dois ou três meses.
De acordo com Flávio Conde, da Whatscall Consultoria, de 6 de dezembro — quando ocorreu o último aumento dos combustíveis — até ontem, o preço do barril de petróleo brent aumentou 17% em reais, passando de R$ 154,30 para R$ 177,64. Em dólar, o valor pulou de US$ 44,50 para US$ 54,16. Já na costa do Golfo dos Estados Unidos, o preço da gasolina aumentou cerca de 12% e o do diesel, 7%.
Para Conde, a manutenção do preço do petróleo em torno de US$ 60 o barril vai depender que, pelo menos, metade da meta de redução da produção proposta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) seja atingida:
— Vai ser uma prova de fogo para o presidente da Petrobras manter a política de revisão mensal. Por causa do momento difícil e do efeito cascata na economia que cada aumento provoca.
O economista-chefe da RC Consultores, Marcel Caparoz, também defende que a revisão dos preços dos combustíveis pela Petrobras deveria ter uma periodicidade maior, como a cada dois meses.
— O petróleo e o câmbio são muito voláteis, então é mais justo realmente como a Petrobras está fazendo agora. Mas gera uma instabilidade a mais no mercado, no dia a dia das empresas, como as de frete e de ônibus. Isso provoca muita instabilidade no planejamento — comentou Caparoz.”
Brasil 247