terça-feira, 3 de junho de 2014

Neymar brilha, e Brasil despacha o Panamá por 4 a 0

Foi tão fácil quanto se esperava. O Brasil venceu por 4 a 0 a seleção do Panamá, nesta terça-feira, no penúltimo amistoso antes da estreia na Copa do Mundo. O Serra Dourada foi palco de um atropelamento da seleção brasileira, com atuação brilhante de Neymar. Ele fez o primeiro gol e participou de outros dois. Daniel Alves, Hulk e Willian também marcaram. LEIA MAIS

Convite

Foi antecipada a data da solenidade, devido aos festejos juninos das escolas

Antecipação da Solenidade do Curso Proerd para Pais‏

QUARTA E QUINTA FEIRA VERDE NO SUPERMERCADO MARTINS

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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Neymar será mesmo o camisa 10 do Brasil na Copa; veja a numeração da seleção

A CBF divulgou nesta segunda-feira a numeração que os jogadores da seleção brasileira irão usar durante a Copa do Mundo de 2014. Neymar será mesmo o camisa 10 da equipe canarinho, assim como na Copa das Confederações. Fred seguirá como camisa 9.
Apesar de ser titular, o goleiro Júlio César vai usar o número 12, enquanto o 1 ficará com o suplente Jefferson - 3º goleiro, Victor será o 22.
No meio-campo, Fernandinho ficou com a 5 e Paulinho com a 8, num possível indicativo de quem deve ser o titular. Luiz Gustavo ficou com 17, enquanto Hernanes vestirá a 18.
Já no ataque, Hulk, que era o 19 no ano passado, é agora o 7, número que pertencia a Lucas, preterido por Felipão, durante a conquista da Copa das Confederações.
A estreia  da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari no Mundial será dia 12 de junho, contra a Croácia, em São Paulo. Na primeira fase, o Brasil ainda enfrenta México e Camarões.
Confira a lista:
1 - Jefferson
2 - Daniel Alves
3 - Thiago Silva
4 - David Luiz
5 - Fernandinho
6 - Marcelo
7 - Hulk
8 - Paulinho
9 - Fred
10 - Neymar
11 - Oscar
12 - Júlio César
13 - Dante
14 - Maxwell
15 - Henrique
16 - Ramires
17 - Luiz Gustavo
18 - Hernanes
19 - Willian
20 - Bernard
21 - Jô
22 - Victor
23 - Maicon

POLICIAIS MILITARES DO 5º BPM, RETIRAM MAIS UMA ARMA DE FOGO DE CIRCULAÇÃO.‏

 

Por volta das 14h15 do dia 01 de junho do corrente ano, o efetivo da P.A 26.202, conseguiu desarmar o indivíduo 
      EDCARLOS VITO DA SILVA, residente à rua 58 do bairro João de Deus, o qual encontrava-se armado com uma Espingarda cal. 12, 
      marca CBC, número suprimido e ameaçava efetuar disparos contra sua própria família. O referido acusado foi encaminhado a 1ª DPC,
      juntamente com a arma, e apresentado a autoridade policial competente para as providências cabíveis. 
-- 

Assessoria de Imprensa do 5º BPM - Petrolina-PE

7ªCIPM Durante a Operação risco zero apreende um revolver cal. 22, marca Rossi, contendo 4(quatro) munições intactas, e 3(três) deflagradas e mais 15g de maconha e 165g de semente da mesma planta.

Durante a Operação risco zero, 31 de maio de 2014, a GT Sede LG juntamente com a ROCAM. Ao realizar rondas no bairro Morada Nova, avistamos um veículo suspeito sendo conduzido pelo imputado que parou em sua residência. Ao ser abordado encontramos no interior do veículo corsa de placa JEX 3130, um revolver cal. 22, marca Rossi, contendo 4(quatro) munições intactas, e 3(três) deflagradas. Diante das circunstâncias o imputado permitiu que fosse feita revista em sua residência, sendo encontrado 15g de maconha e 165g de semente da mesma planta. O imputado juntamente com o revólver e a droga foram conduzidos para DPC de Petrolina.

Secretários de Saúde do Sertão participam de encontro nacional sobre o financiamento do SUS

O Sertão do São Francisco mais uma vez se faz presente no 30° Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Os secretários Carlinhos Ramos (Lagoa Grande) e Alessandro Medrado (Santa Maria) estão participando do evento, que vai até esta quarta-feira (4) em Serra, no Espírito Santo.
Com o tema ‘Necessidade de financiamento do SUS: desafios de ontem e de hoje’, o congresso reúne gestores municipais, secretários, pesquisadores e usuários do SUS de todo o país. De acordo com Carlinhos, o evento já se consolidou como um dos maiores e mais importantes encontros da área no Brasil e no mundo, reunindo pessoas interessadas em discutir e melhorar a saúde pública brasileira.
“Além de promover a troca de experiências, o Conasems procura discutir as políticas adotadas pelas esferas federal, estaduais e municipais para o fortalecimento do SUS. Com o conhecimento adquirido aqui, já estamos reunindo ideias e planejando novas ações para a região”, destaca.

Polícia Militar apreende mais de 40 Kg de maconha próximo ao Posto Fiscal de Izacolândia, em Petrolina

Por volta das 17h30 dessa sexta-feira (30), a PR 26103 fazia bloqueio BR 428, em frente ao Posto Fiscal de Izacolândia, em Petrolina, quando um veículo VW Gol, de cor vermelha, de placas JOM-0670/BA, ao avistá-los, tentou fugir dos policiais. O veiculo foi perseguido pela viatura, onde já próximo a uma chácara, os dois ocupantes abandonaram o carro e saíram em desabalada carreira. Um dos meliantes ao tentar pular uma cerca quebrou a perna, sendo que o outro conseguiu fugir. O imputado C.A.S.C., de 31 anos, residente no Bairro Argemiro, em Juazeiro-BA, foi conduzido ao Hospital Universitário, antigo HUT, onde permanece sendo custodiado, esperando alta para ser autuado em flagrante delito, enquanto que a droga, sendo 40,3Kg de maconha, dividida em 39 tabletes, a qual estava dentro de um saco no porta-malas do carro e numa maleta debaixo do bando do passageiro, foi entregue na 1ª Delegacia e o veículo no Depósito da Policia Civil, conforme Boletim de ocorrência.
Ascom 5º BPM/PMPE/Imagem: Gogle

Fonte: Blog Diniz K-9

Lei Antifumo valerá a partir de dezembro

Será proibido fumar em ambientes fechados em todo o Brasil – inclusive em fumódromos – a partir de dezembro, segundo informou o Ministério da Saúde. A regulamentação da Lei Antifumo, que deve ser publicada na segunda-feira (2) e começará a valer em seis meses, proíbe também qualquer propaganda comercial de cigarros. O objetivo da medida, segundo o governo, é proteger a população do fumo passivo e contribuir para a diminuição do tabagismo entre os brasileiros.
Com a nova regra, fica proibido o uso de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e outros produtos do gênero em locais de uso coletivo – público ou privado. Estão vetados inclusive os narguilés. A proibição inclui hall e corredores de condomínios, restaurantes e clubes. Segundo o governo, fica vetado o uso em ambientes parcialmente fechados por uma parede, teto e até mesmo toldo.
Ficará liberado fumar em casa e ao ar livre. Apenas em cinco situações – e com condições de isolamento – será permitido fumar em ambiente fechado: em cultos religiosos cujo fumo faça parte do ritual, em tabacarias sinalizadas, em estúdios de filmagem quando necessário à produção da obra, em lugares destinados a pequisa e desenvolvimento de produtos fumígenos, além de instituições de tratamento de saúde que tenham pacientes autorizados por médico a fumar.
Propaganda
As novas regras também determinam que os produtos devem ficar expostos apenas no interior dos estabelecimentos, com 20% do mostruário ocupado por mensagens de advertência aos males causados pelo fumo, além da proibição da venda a menores de 18 anos e tabela de preços. Fica proibida, ainda, qualquer tipo de propaganda desses produtos.
As embalagens devem ter mensagens de advertência em toda a área posterior, além de uma das laterais. A partir de 2016, deverá ser incluído texto de advertência adicional sobre os impactos do fumo em 30% da parte da frente das embalagens. (fonte: Diário de PE)

7ª CIPM deflagra operação para garantir tranquilidade em estradas sertanejas

O Comando da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) em Santa Maria da Boa Vista (PE) rebateu a informação sobre assaltos que estariam ocorrendo na PE-555 – entre o município de Parnamirim (PE) e o Trevo do Jutaí, em pleno Sertão do estado, área de abrangência da corporação.
A notícia foi repassada ao Blog pelo leitor Carlos Eduardo Mendes. A 7ª CIPM, no entanto, disse não apenas desconhecer tais ocorrências, como enviou a nossa Redação o trabalho que vem sendo feito para garantir a tranquilidade de motoristas nas estradas da região.
Exemplo disso é a Operação ‘Divisa Segura’, deflagrada no meio de semana com resultados positivos. Além de drogas e armas, os policiais detiveram suspeitos de tráfico e acusados de homicídios, que estavam foragidos da justiça, além de realizarem abordagem a várias pessoas e veículos. Mais um ponto para a 7ª CIPM.

domingo, 1 de junho de 2014

JORNALISTA DA RECORD MAURÍCIO TORRES MORRE EM SP

O jornalista Maurício Torres morreu na noite deste sábado, 31, aos 43 anos de idade. Ele estava internado no Sírio Libanês, em São Paulo, desde 1º de maio, quando apresentou sintomas de arritmia cardíaca. De acordo com o R7, o profissional teve "várias complicações médicas" durante o período que ficou sob os cuidados da equipe do hospital da capital paulista.
Marcado por sua atuação na cobertura esportiva, Torres iniciou a carreira no rádio e passou anos como repórter, apresentador e locutor da Rede Globo. Foi contratado pela Record em 2005, canal pelo qual cobriu as Olimpíadas de Londres (2012), as Olimpíadas de Inverno de Socchi (2014) e Vancouver (2010) e os jogos Pan-americanos de Guadalajara (2011). Além de acompanhar os eventos, era apresentador do 'Esporte Fantástico' desde março de 2012.
Em texto publicado no R7, a direção da Record lamentou a perda de seu funcionário. "O Brasil perde um dos principais jornalistas esportivos do país e um dos mais promissores talentos de sua geração", afirma o canal. "Externamos nossa solidariedade e sentimentos aos familiares, amigos e fãs", complementa a nota da emissora que esperava ter Torres para acompanhar a Copa do Mundo no Brasil.
Torres deixa a mulher e uma filha de oito anos. Ainda não há informações sobre o velório do corpo do jornalista.

r7.com

Black blocs prometem caos na Copa com ajuda do PCC

Os black blocs que executaram as ações de grande repercussão do ano passado continuam fora do radar da polícia, e prometem transformar a Copa do Mundo “num caos”. Para isso, alguns deles esperam que o Primeiro Comando da Capital (PCC), a organização que domina os presídios paulistas e emite ordens para criminosos soltos, também entre em campo. Não se trata de uma parceria, mas de uma soma de esforços.
Com o compromisso de não identificá-los, o Estado ouviu 16 desses black blocs, em seis encontros, na última semana. À diferença dos adolescentes que os imitaram em depredações, e que acabaram arrolados em um inquérito do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), eles são adultos, seguem tática desenvolvida há décadas na Europa e nos Estados Unidos, não têm página no Facebook nem querem aparecer.
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Dos 20 que formam o núcleo da rede, apenas um foi fichado, porque foi detido em uma manifestação. Movem-se na sombra do anonimato, articulam-se nacionalmente, e nunca haviam dado entrevista antes. Preocupados com sua imagem perante a opinião pública, decidiram falar, pela primeira vez. “Vamos estourar de novo agora”, promete o mais veterano deles, de 34 anos, formado em História na USP e com matrícula trancada no curso de Psicologia.
“A gente vai devolver o troco na moeda que o Estado impõe”, ameaça o ativista, que trabalha para um hospital público de São Paulo. “O caos que o Estado tem colocado na periferia, por meio da violência policial, na saúde pública, com pessoas morrendo nos hospitais, na falta de educação, na falta de dignidade no transporte, na vida humana, é o caos que a gente pretende devolver de troco para o Estado. E não na forma violenta como ele nos apresenta. Mas vamos instalar o caos, sim. Esse é um recado para o Estado.”
“A gente tem certeza de que o crime organizado, o PCC, vai causar o caos na Copa, e a gente vai puxar para o outro lado”, continua o veterano. “Não temos aliança nem somos contra o PCC. Só que eles têm poder de fogo muito maior do que o MPL (Movimento Passe Livre, que iniciou as manifestações, há um ano, com ajuda dos black blocs). Pararam São Paulo”, acrescentou, lembrando as ações do PCC na década passada.
O veterano e uma bailarina de 21 anos, que abandonou um curso em uma universidade pública para se dedicar exclusivamente à causa, contaram que membros do PCC receberam bem na Penitenciária do Tremembé (interior paulista) dois black blocs presos na manifestação de junho do ano passado do MPL. “Colocaram colchões para eles.” Igualmente, o Comando Vermelho acolheu um ativista preso no Rio.
“Os 'torres' respeitam o que fazemos, por causa do nosso idealismo”, explica o veterano, usando o jargão que designa os líderes do PCC. “Eles fazem por lucro e a gente, contra o sistema. Não nos arriscamos por dinheiro, mas para que a mãe deles também seja atendida pelo SUS.” O veterano prossegue: “Sou nascido e criado na ZL (zona leste). Conheço muito a cara do PCC. Somos os nerds do lado da casa deles. O crime organizado respeita a gente porque nasceu de mentes pensantes. Por isso talvez não nos coloquem na cadeia”, interpreta, intrigado com o fato de a polícia não os incomodar. “Porque vamos fazer uma revolução lá.”
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Tática. O veterano, que cita o anarquista canadense George Woodcook e os Racionais MC, emprega “a tática”, como eles a chamam, desde 2001, quando “quebrou” o Parque d. Pedro, no centro de São Paulo. Em princípio, a função assumida pelos black blocs é a de resistir à repressão e proteger os manifestantes, interpondo-se entre eles e a polícia. Mas também a provocam, quando acham politicamente conveniente fazer com que ela perca o controle e a razão diante da opinião pública, de modo a atrair simpatia para um movimento.
Foi assim há um ano, na Praça da Sé, em protesto do MPL, quando o veterano, protegendo-se apenas com sua mochila, investiu contra a polícia de choque. Pegos de surpresa, os policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo, que atingiram a multidão, enquanto ele saía de cena, ileso. A partir dali, intensificaram-se os distúrbios.
Os black blocs, que não são um grupo estruturado, mas uma rede, que vai se formando espontaneamente, no contato nas ruas, queimaram carros de emissoras de TV e da polícia, depredaram 14 bancos (em 40 minutos) e a sede da Prefeitura. Protegidos por barricadas e beneficiados pela surpresa e pelo despreparo da polícia, não foram pegos.
Mas receberam a adesão de cerca de 100 adolescentes, que, numa explosão de fúria, ou por terem apanhado da polícia nas manifestações ou por ressentimentos trazidos da periferia onde moram, partiram para um quebra-quebra descontrolado, de tudo o que aparecesse na frente. Incluindo carros, lanchonetes e bancas de revista cujos donos pouco têm a ver com os “símbolos do capitalismo” visados pela doutrina anarco-socialista que predomina entre os black blocs. O núcleo original, então, saiu de cena. Voltou há uma semana, em uma manifestação pacífica na Praça da Sé. “A gente estava bem armado”, disse o veterano, sem detalhar o tipo de arma. Eles têm usado coquetéis molotov, pedras e escudos improvisados.
“A ação black bloc é mais incisiva e intensa numa manifestação pacífica”, afirma o veterano. Segundo ele, as ações têm de ter uma razão de ser. “Não vejo sentido em quebrar banco na Copa”, exemplifica. Mas a violência contra bens materiais - e não contra seres vivos, com exceção de policiais - é justificada pelos praticantes da tática. E desculpada, no caso da ação “aleatória” de adolescentes da periferia. “Não existe o errado e o certo”, pondera. “É a revolta dele.”
Frustração. “Ocupamos durante cinco meses a frente da Assembleia Legislativa, cheios de boas intenções”, lembra um estudante de Direito de 22 anos. “Apresentamos uma pauta de reivindicações. Não deu em nada. Manifestação pacífica não dá resultado.”
“No último ano, houve 30 protestos, 4 muito violentos, que foram os mais noticiados”, contabiliza um profissional de Marketing e estudante de Ciência Política de 32 anos, que doutrina os black blocs e seus seguidores com textos anarquistas. “Os outros não receberam uma linha.”
A socióloga espanhola Esther Solano, professora da Universidade Federal de São Paulo e pesquisadora dos black blocs, vê uma distorção nessa atenção dada às depredações. “Num país onde mais de 50 mil pessoas são mortas por ano, como é possível essa histeria com 40 garotos?”, pergunta. “Um país que naturaliza tanto a sua violência não tolera ver a violência na Avenida Paulista.” O veterano acrescenta: “No Brasil, choca mais 14 bancos quebrados do que a polícia matar 6 crianças”.
“A manifestação não pode ser pacífica, sendo que é resposta à repressão estatal e capitalista”, argumenta um rapaz de 18 anos, que estuda e trabalha, mas não quis dar mais detalhes sobre si mesmo. “O Estado sendo opressor, esmagando a população, obrigando a morrer na fila do SUS, isso é violento, e a resposta é autodefesa.” O veterano completa: “É legítimo quebrar banco. Quantas pessoas os bancos quebram por dia?” Com relação a depredar bens públicos que depois terão de ser reparados com dinheiro dos impostos, ele responde: “O imposto já é roubado. Dizer que o dinheiro vai sair do nosso bolso é mentira, porque já saiu. Alguém tem saúde digna? Então não reclame de vandalismo.”
Contágio. Os black blocs acreditam que sua revolta esteja se espalhando pelas camadas mais pobres da população. “O bagulho que mais gostei da semana passada foi a greve dos motoristas”, disse a moça de 21 anos, que vive da renda de um aluguel. “Estamos mostrando na rua a tática, e queremos que as pessoas se apropriem”, acrescenta uma estudante de Ciências Sociais “na casa dos 30”, que, como muitos deles, tem receio de fornecer detalhes nesta reportagem e finalmente entrar no radar da polícia. “A barricada é útil quando o Choque chega para desocupar uma área”, exemplifica. “Uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foi queimada em uma favela do Rio em protesto contra a violência policial.”
Sete membros do núcleo participaram da ocupação da Câmara Municipal do Rio, no ano passado. Eles também estão associados a um grupo no Recife, uma das cidades do Nordeste que visitaram. “Fomos fazer campo de base”, disse o veterano. Ativistas colombianos e venezuelanos vieram trocar experiências com eles. A bailarina está interessada nos zapatistas, e prepara-se para ir visitá-los no México. Ela gosta do filósofo germano-americano Herbert Marcuse, ideólogo da contracultura, para quem “não temos que quebrar o sistema nem por dentro nem por fora, mas por suas brechas”.
Alguns abandonaram estudos e trabalho para se dedicar à causa em tempo integral. Outros a conciliam com uma vida “normal”. Têm carros e cedem seus apartamentos para a “causa”. O repórter do Estado esteve em dois “aparelhos”, para usar um termo dos anos 70, na região da Avenida Paulista. Num deles, o anfitrião calçava pantufas de ursinho. Em duas situações, o repórter viu black blocs dando esmolas na rua. Pessoalmente, são gentis e educados, em contraste com a imagem de violência associada a eles.
O perfil social dos black blocs é variado. Alguns são pobres e moram na periferia. Outros são de classe média baixa e vivem na região central da cidade. O repórter conheceu apenas um caso de um rapaz de classe alta, cujos pais moram em um bairro nobre de São Paulo. Depois de ler o primeiro texto anarquista, aos 13 anos, pediu para seus pais pararem de pagar escola para ele. Hoje com 18 anos, mora com a namorada na região oeste de São Paulo, trabalha e estuda, e participa das ações mais ousadas dos black blocs.
Polícia. Quase todos concluíram, abandonaram ou fazem faculdade. E sofreram violência policial. Quando o veterano tinha 14 anos, a polícia veio despejar sua família do barraco em que viviam, no Parque São Luís, na zona norte de São Paulo. “Estávamos devendo o aluguel e parece que o dono tinha um parente militar, porque a polícia não pode chegar assim, sem um mandado”, recorda. “Um policial alterou a voz com a minha mãe, entrei na frente e ele deu um tapa na minha cara. Eu nunca tinha apanhado, nunca tinha tacado pedra na polícia. Hoje, jogo coquetel molotov com gosto.”
“A maioria dos presos é punk”, diz o veterano. “A gente 'cola' muito com os punks. São inteligentes, não são vândalos”, continua, empregando esse termo para quem depreda aleatoriamente, sem seguir a tática, que preconiza ações com motivo claro. “Não cobrem a cara. Em tudo o que eles acham justo, eles estão. A polícia prende os punks e, por causa da cor da roupa, diz que são black blocs.”
Um rapaz de 20 anos conta que aderiu à tática depois de levar três balas de borracha da polícia - uma na perna esquerda e outra nas costas, no distúrbio na Rua Maria Antonia, no dia 13 de junho; e uma no estômago, na manifestação do 7 de Setembro, a que teve a maior participação de black blocs e de seus seguidores adolescentes.
“Não vejo sentido em quebrar banco, mas vejo a polícia como órgão repressor, e nosso papel é proteger os manifestantes”, assinala o rapaz, que estuda Direito em uma faculdade privada, com 100% de bolsa do ProUni, e faz estágio em uma imobiliária. Ele mora em um bairro da região central com a mãe, empregada doméstica.
A bailarina afirma ter sido assediada sexualmente por policiais, antes de aderir à tática.
Um programador de 32 anos que apoia o movimento acredita que seu pai, que era dono de um bingo, tenha sido morto por policiais, por não pagar a quantia exigida por eles para manter o negócio funcionando, quando se tornou ilegal, em 1998. Seus conhecimentos profissionais são valiosos para os black blocs, que se apoiam na atividade de hackers. No primeiro encontro com o repórter do Estado, o veterano lhe disse: “O seu CPF não é de São Paulo”, para deixar claro que o havia investigado.

Com 'frango' do substituto de Victor, São Paulo vence Atlético-MG nos acréscimos

O São Paulo conquistou uma vitória de maneira inesperada sobre o Atlético-MG, neste sábado, no Morumbi. Um 'frango' sofrido pelo goleiro Giovanni, o substituto de Victor -servindo à seleção brasileira-, aos 45 minutos do segundo tempo determinou o triunfo tricolor por 2 a 1 e interrompeu a reação do time de Levir Culpi no Campeonato Brasileiro.
O gol decisivo foi marcado pelo colombiano Pabón, que havia entrado 10 minutos antes de seu gol no lugar de Alexandre Pato. Ele arriscou cobrança de falta da intermediária, e o chute rasteiro passou pelas mãos de Giovanni, que tentou encaixar a bola, e entrou no canto direito.
Antes disso, Luis Fabiano abriu o placar para o time do Morumbi aos 10 minutos do primeiro tempo, e Josué deixou tudo igual aos 33 minutos da etapa final.
O gol no fim fez o São Paulo dar um bom salto na tabela de classificação. A equipe tricolor chegou aos 16 pontos e pode ir para o recesso do Brasileirão na zona de classificação para a Libertadores.
No momento, o São Paulo está em segundo lugar, atrás apenas do Cruzeiro, mas pode ser ultrapassado por Fluminense, Corinthians e Internacional, que jogam neste domingo.
O Atlético-MG, por sua vez, viu sua reação no Brasileirão ser interrompida. O time de Levir Culpi, que sofreu neste começo de campeonato por causa dos inúmeros desfalques, não perdia havia cinco rodadas e também sonhava com vaga no G-4. Mas, por enquanto, fica estacionado nos 14 pontos e na sétima colocação.
O jogo
Se a missão do São Paulo era deixar uma boa impressão para a torcida antes da Copa do Mundo, o São Paulo iniciou a partida deste sábado de forma arrasadora. O time do Morumbi não tomou conhecimento do adversário, forçou as jogadas pelo lado esquerdo do ataque e não demorou a criar chances claras de gol.
Após boas interceptações da defesa do Galo, os anfitriões balançaram a rede aos 10. Sempre pela esquerda, Oswaldo fez bela jogada, cortou o marcador, descolou o cruzamento na segunda trave e encontrou Luis Fabiano livre. O atacante, que já vinha bem no jogo, desviou de cabeça e inaugurou o marcador no Morumbi.
O jogo era todo do São Paulo. Com muito mais intensidade dentro de campo, o time da casa apertava a saída de bola, não deixava o Atlético-MG e ficou muito perto de ampliar a vantagem. Nos cruzamentos para a área, no entanto, faltava alguém para completar ao fundo das redes.
O Atlético, por sua vez, demorou a acordar. Ciente do domínio do São Paulo, o time mineiro passou a apostar na velocidade dos contra-ataques e assim conseguiu assustar a defesa tricolor, muitas vezes desarrumada por causa da postura ofensiva de sua equipe. Com esta estratégia, os atleticanos conseguiram assustar em duas ocasiões.
Aos 28 do primeiro tempo, André foi lançado na área, fez o pivô e rolou para Pierre. O volante apareceu sozinho dentro da área, tocou rasteiro para o gol, mas Rogério Ceni salvou o time da casa. Cinco minutos depois, o arqueiro saiu mal do gol, mas Douglas apareceu para evitar o empate.
O segundo tempo começou diferente. Para evitar nova pressão inicial do São Paulo, o Galo passou a priorizar a posse de bola, trocando passes no meio de campo. Ainda assim, faltava criatividade para que o time mineiro chegasse efetivamente com perigo ao gol de Rogério Ceni.
Para proteger sua defesa, Muricy Ramalho trocou Maicon por Denílson, que logo em sua primeira participação recebeu cartão amarelo. O Tricolor, no entanto, não recuou. O Galo até chegou a equilibrar as ações, mas as chances mais claras do jogo ainda eram criadas pelo São Paulo.
Aos 11 minutos, Ganso deu bom passe para Luis Fabiano, que saiu nas costas da zaga, mas ficou sem ângulo e não conseguiu tirar do goleiro. Mais tarde, Douglas teve chance parecida e acertou o lado de fora da rede. Ganso também chegou perto quando chutou de fora da área e a bola passou muito perto da trave.
Sem aproveitar as chances, o São Paulo permitiu com que o Atlético-MG crescesse na partida. Em cobrança de falta, Diego Tardelli acertou a trave e Rogério ficou sem reação. O lance era um presságio do que estava por vir no Morumbi. Levir Culpi mexeu bem e o Galo empatou.
Guilherme entrou no lugar de André e começou a jogada no ataque. Depois, abriu na direita para Neto Berola, que havia ocupado o lugar de Marion. Desta forma, o atacante descolou o cruzamento rasteiro e encontrou Josué livre dentro da área para empatar a partida no Morumbi.
O gol serviu para a torcida do São Paulo mostrar sua insatisfação com relação à postura da equipe. Alexandre Pato foi sacado de campo e recebeu as vaias do público presente. O seu substituto, no entanto, foi o salvador. Aos 44 minutos do segundo tempo, Pabon cobrou falta rasteira, a bola passou pela barreira, Giovanni falhou feio e o São Paulo garantiu a vitória.