A delegada Gleide Ângelo, da Delegacia de Desaparecidos e de Proteção à Pessoa (DDPP) assumiu, nesta segunda-feira (22), as investigações do caso do desaparecimento da estudante Maria Alice de Arruda Seabra Amorim, de 19 anos, que saiu na companhia do padrasto na última sexta-feira (19), e não voltou mais para casa no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife. Segundo familiares, o encarregado de obras Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, teria prometido emprego para a jovem em um escritório da mesma empresa onde trabalha, no município de Gravatá, no Agreste do Estado. A mãe da jovem, Maria José de Arruda, já havia prestado um boletim de ocorrência pelo desaparecimento da moça, e voltou nesta segunda para prestar depoimento na delegacia.
Para a delegada, o que chama a atenção é o fato de a mãe ter ouvido a jovem pedindo socorro, quando retornou uma ligação para o esposo. "Se aconteceu dessa forma mesmo, então ele está com ela (Alice), sem a vontade dela. E a gente não sabe o que que ele pode fazer a partir daí", ressaltou Gleide.
Ainda de acordo com a delegada, um dos fatores que podem ter desencadeado a decisão de raptar a moça, pode ser por ciúmes. "Ela disse que ele entrou no 'Face' dela, que escavacou tudo. Então tudo isso é muito estranho. A partir daí o que a gente precisa é localizar. De imediato, saber aonde é que eles estão", completou a delegada.
Para tentar encontrar a jovem e o suspeito, a polícia já tem algumas possibilidades como análise de imagens de câmeras de segurança, ouvidas de testemunhas, além do rastreamento do veículo utilizado pelo padrasto. "A gente vai correr para descobrir aonde é que eles estão. Seja por meio de algumas medidas judiciais, que não podemos dizer, mas temos de correr e ver se tem câmeras, ou se alguém viu", completou.
Quem souber de informações que ajudem a localizar a jovem e o suspeito, o telefone do Disque-Denúncia é o (81) 3421.9595. Não é preciso se identificar.
Entenda o caso:
A jovem saiu de casa às 15h da última sexta-feira (19), na companhia de Gildo, que a levaria para uma entrevista em uma suposta sede da empresa, no bairro da Ilha do Leite, na área central do Recife. Mais tarde, ele teria ligado para a mãe da garota, que retornou a ligação. Quando a jovem percebeu que ele falava com a mãe, gritou e pediu socorro. Nesse momento, ele mandou ela calar a boca, e desde então os celulares só dão desligados. O homem vivia com a mãe dela e de outra filha fazia 15 anos. A família não sabe o motivo do rapto, mas acredita que seja por ciúmes, ou para se vingar, já que a moça teria descoberto uma traição e contado para a mãe. (Via: Folha PE)
