quinta-feira, 14 de abril de 2011

Domingos o representante de Izacolândia diz que acusações da agricultora: “São mentirosas”

quinta-feira, 14/04/2011

O superintendente regional e representante da Prefeitura de Petrolina no distrito de Izacolândia, Domingos Sávio Alencar, mais conhecido por ‘Domingos de Cristália’, chamou de “mentirosas” as acusações da agricultora Elisângela Soares Lima, feitas ao Blog na última terça (12). Segundo Elisângela, Domingos de Cristália havia autorizado que ela pegasse alguns blocos de cimento de uma unidade de Atendimento Médico Especializado (AME), em construção no distrito, e depois teria voltado atrás, o que quase a fez parar na delegacia de polícia. Mas a versão contada pelo representante regional é bem diferente.
Domingos de Cristália disse à reportagem que Elisângela distorceu completamente os fatos. Tudo aconteceu, segundo o representante, no último dia 8 de março. Morador do distrito, ele sempre vai a Petrolina cedo da manhã para relatar ao prefeito Júlio Lóssio ou aos secretários as ações da prefeitura por lá. E o caso da AME, que está com as obras paralisadas.
Ele informou ter sido abordado na manhã do dia 8 pela agricultora, que lhe pediu para levar 20 blocos. “Lembro que eu disse a ela que aquilo que não é meu, eu não poderia dar. Mas quando voltasse a construção (da AME), se o construtor quisesse, poderia lhe dar até uma carrada”, contou. Domingos lembra ainda que a agricultora foi uma das que lhe telefonaram nos dois dias seguintes, mas por estar em reunião de trabalho, não atendeu as ligações. “Não foi só as dela, foi de várias pessoas”. Numa quinta-feira à noite, no intervalo de um jogo do Flamengo, ao qual assistia em Lagoa Grande com seu filho, ele retornou as ligações – inclusive a de Elisângela.
Segundo ele, a agricultora teria dito que os blocos estava sendo roubados, mas Domingos justificou já ter tomado conhecimento de que parte dos blocos tinha sido retirada pelo próprio construtor da obra, que necessitou do material. “Então ela me disse que a polícia estava na casa dela. Depois recebi a ligação de um cabo da PM dizendo que Elisângela afirmou que eu tinha autorizado, mas disse a ele que eu não tinha autorizado ninguém”, relata.
A pedido dos policiais, o representante da prefeitura foi até a casa da agricultora, que fica a poucos metros da unidade da AME. Mas Elisângela, lembra ele, mudou o discurso justificando estar guardando os blocos. “Para minha surpresa, já tinha mais de mil blocos na casa dela”, revelou. Domingos descobriu também que a agricultora pagou R$ 60 a três rapazes para que levassem os blocos até a casa dela em carrinhos de mão. Ele lembra ainda ter apelado aos policiais para que não levassem Elisângela e os ajudantes para a delegacia de Polícia Civil, em Petrolina, em troca de que repusessem os blocos.
Para Domingos, o episódio mostra apenas que “há meia dúzia de pessoas” em Izacolândia que não gostam dele. No caso de Elisângela, ele demonstra certa decepção porque já chegou a socorrê-la quando esta precisou dele – como numa ocasião em que conseguiu medicamentos para a agricultora tratar de problemas no rim. Domingos revelou ter sido aconselhado por amigos a ingressar com uma ação no Ministério Público contra Elisângela, mas disse que ainda não tem certeza se fará isso

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