Com o objetivo de “pôr fogo na República”, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, utilizou um espião para monitorar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Interceptação telefônica divulgada ontem pelo blog Quidnovi, do jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor do bicheiro, expõe diálogo entre Cachoeira e o senador goiano Demóstenes Torres (sem partido), de agosto do ano passado. Na conversa, o contraventor avisa ao parlamentar que o araponga Jairo Martins de Souza fez um vídeo do ex-ministro num hotel em Brasília, no início de 2011, provando que Dirceu estava tramando a queda do então ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, Antônio Palocci. Cachoeira conta a Demóstenes que o material seria publicado na imprensa em duas semanas.
“Ele planejou a queda do Palocci também. Recebia só gente graúda lá, tá? Isso quer dizer que os momentos importantes da República, o Dirceu comanda”, diz o bicheiro ao senador. Entusiasmado, Demóstenes responde. “Exatamente. Aí é bom demais, uai. O que é isso?” Cachoeira continua relatando ao parlamentar os efeitos que o vídeo pode provocar. “É. Vai mostrar muita coisa, viu. Vai pôr fogo na República, porque vai jogar o Palocci contra ele (Dirceu).” Empolgado, Demóstenes concorda. “Exatamente. Aí é ótimo, fantástico”. (Do Correio Braziliense)
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