Por mais estranho que possa
parecer a Câmara de Vereadores de Juazeiro continua a agir como se fosse um
conjunto.
Oposição e situação têm discutido
problemas bem concretos, que interessam de perto à comunidade ou parcelas
consideráveis da comunidade, como foi o caso da limpeza dos canais, dos
constrangimentos nas revistas aos presidiários e agora o compromisso com uma
mobilização para a liberação de recursos do FGTS aos trabalhadores, sem contar
com a postura diante da rebelião acontecida no presídio, que pautou os
pronunciamentos de todos os vereadores presentes à sessão desta terça feira,
20/11.
Todos concordam que a situação dos
presidiários não é boa; que a “culpa” pelo desrespeito e constrangimentos não
cabe à atual direção do presídio; que o sistema prisional do Brasil tem de ser
modificado e a super lotação vai continuar a provocar tensão, motins e
rebeliões.
Para o vereador Crisóstomo Lima
“modificar este sistema depende da ação conjunta da sociedade, que precisa ser
solidária, envolver-se, até porque quando um preso se ressocializa quem ganha é
a sociedade. Precisa da prefeitura, do estado, da União, da Justiça, da polícia
e principalmente da comunidade”.
Zó cobrou a urgente reforma da
cadeia pública de Juazeiro: “Tem pessoas que por não pagarem pensão alimentícia
descem para o presídio... Outros, usuários de drogas, apanhados com uma porção
a mais, que mofam no presídio.”
Bené Marques reforçou o discurso
de Zó: “Tenho conhecidos e até parentes no presídio. Conheço presidiários que
estão com a pena cumprida a mais de cinco anos e continuam lá” e sugeriu que a
Câmara se mobilize para cobrar a construção de um abrigo para as visitas e um
ponto de ônibus e que a direção do presídio agilize a entrada das visitas,
obrigadas a ficar horas e horas esperando para adentrar no presídio: “São
coisas pequenas, mas que vão fazer grande diferença para as visitas”.
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