Apenas doze horas depois de o Supremo Tribunal Federal impedir sua prisão - pelo menos até a conclusão do julgamento do habeas corpus preventivo, marcado para o dia 4 -, o ex-presidente Lula voltou a desafiar a força-tarefa da Operação Lava Jato, a quem atribuiu 'mentiras', voltou a negar com veemência que seja o dono do apartamento triplex do Guarujá, pivô de sua condenação a 12 anos e um mês de prisão, e clamou. "Quero que a Suprema Corte analise o mérito do processo."
Em entrevista nesta sexta-feira, 23, à rádio Super Condá, de Chapecó (SC), Lula foi enfático. "Tenho evitado falar desse processo porque prefiro que os advogados falem. Estou sendo vítima de uma mentira, acho que a História vai poder contar ao povo brasileiro. A Polícia Federal mentiu no inquérito e mandou para o Ministério Público. O Ministério Público pegou o inquérito mentiroso e transformou numa acusação mentirosa e foi pro Moro (juiz Sérgio Moro, da Lava Jato). E o Moro deu uma sentença mentirosa. E vem pro TRF-4 (Tribunal da Lava Jato) que deu outra sentença mentirosa."
A sorte de Lula será decidida pelo Supremo depois da Páscoa, quando os ministros irão votar o pedido do líder petista de permanecer em liberdade até que se esgotem todos os recursos contra a condenação que sofreu no caso triplex.
A decisão desta quinta-feira, 22, do Supremo, blinda por enquanto o petista da prisão, que a própria defesa apontou como 'iminente' - na próxima segunda-feira, 26, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região vai julgar recurso decisivo de Lula, embargos de declaração.
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